"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

ASSOMBRO

        Não sei o que ainda virá pela frente. É provável que lances mais assustadores ainda chegarão às nossas TVs e aos nossos computadores. No entanto, os rios de leite jogados fora por produtores incapazes de industrializar o produto; da mesma forma, milhares de frangos mortos, não para saciar o nosso apetite, mas de forma degradante por falta de ração, retirados das granjas pelo mesmo motivo, foram cenas arrepiantes que presenciamos nas últimas horas!
         Não vou retornar à mesma tecla dos erros governamentais, até porque autoridades do setor da Economia estão aí tentando consertá-los. Entretanto, medir forças com quem ganha o seu dia a dia na boleia de um caminhão transportando tudo o que for necessário para que o país funcione, não abrindo mão da cobrança de aviltante imposto de quem exerce essa dura atividade profissional, soa incoerente. Refiro-me ao preço do óleo diesel que os caminhoneiros consideram extorsivo, uma vez que eles  além das despesas inerentes ao seu árduo trabalho, ainda tem incontáveis pedágios pela frente a encarecer o seu ofício.
         Comentaristas dizem que não seria difícil o governo resolver o problema, evitando assim mais confrontos e prejuízos. Seria uma medida coerente, nobre até, tomada por um governo já afeito a tantos “faz e refaz” econômicos. Mas, não. O que assistimos é que o Governo, o PT, seus dirigentes e seguidores querem exibir forças, poder. Querem o confronto. O povo, apreensivo aguarda respostas em silêncio, torcendo por um melhor desfecho que ajude a trazer o país de volta aos trilhos da ordem e do progresso. Não dá para se viver eternamente viajando por uma estrada repleta de surpresas negativas e de abismos constantes.
         Enquanto fantasmas de todas as origens assustam o país, o brasileiro se choca com esses lances que nos leva, além do drama dos caminhoneiros, à merenda escolar e a fome no país: rios de leite jogados no ralo e frangos mortos por falta de ração, não apenas nos assusta, mas também mexe com o pão nosso de cada dia, já que a falta nos supermercados encarece o produto e mexe com o bolso do cidadão. Oxalá, as mentes sejam iluminadas e encontrem o mais rápido possível uma solução para problema tão grave!

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