"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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sábado, 9 de julho de 2011

AVENIDA PELINCA E O PADRE QUE LHE DEU O NOME

Gilson é o dono de uma lanchonete localizada no térreo do Shopping Center Pelinca Square. Amante da cultura e da história da cidade, decorou o seu estabelecimento com belas e curiosas fotos da Campos de antigamente. Uma pessoa que a gente sente prazer em, de vez em quando, bater um papo.
Eu estava lhe apresentando a última prova do “Via Internet” quando o mesmo foi chamado para atender a dois homens que se postavam junto à caixa do estabelecimento. Por imaginar se tratar de assunto particular, comercial ou não, retornei à mesa em frente à televisão onde, vez por outra, costumo fazer um lanche. No entanto, logo em seguida ele me surpreendeu ao chamar-me para dividir a conversa com aqueles estranhos. Mais surpreso ainda fiquei ao tomar conhecimento do teor da conversa.
Os dois estavam na cidade a passeio, aproveitando para conseguir mais informações sobre o Padre Pelinca, que deu nome àquela importante via. Contaram que já visitaram o centro e estiveram na biblioteca em busca de mais informações sobre o padre de quem eram contraparentes, pois os mesmos pertencem à família Pelinca, de Macau, Rio Grande do Norte. Como sou curioso pelas coisas potiguares e campistas, Gilson quis saber se eu teria mais informações sobre o assunto. Contei-lhes que sabia de pouca coisa: que fora vigário da Catedral e que fora o celebrante do casamento do ex-presidente Nilo Peçanha. O que praticamente todo campista conhece, era certamente pouca informação para quem viera de longe, da Baixada Fluminense, em busca de mais conhecimentos sobre o ilustre parente. Fiquei de pesquisar com Valnize, filha de Valdir Carvalho, mais subsídios, e eles ficaram de, um dia, retornar...
Com a saída dos visitantes, ficamos discutindo as dificuldades para se obter maiores informações sobre a cidade e os seus vultos ilustres.
Aproveito esta oportunidade para parabenizar Silvia Paes e Aristides Sofiatti pelas denúncias que estão fazendo sobre o abandono dos nossos solares e prédios históricos. Qualquer cidade que se preze cultiva a sua história. Por que Campos não age desta forma? Com um passado tão brilhante!... Por que não haver na cidade um museu de ponta, capaz de ensinar aos estudantes, curiosos e visitantes – como os dessa crônica – o real e glorioso passado da cidade?