"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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sábado, 20 de julho de 2013

O ESCRITOR



Mais uma vez, aqui estou eu selecionado na categoria de escritor campista, na homenagem que o CCAG presta à classe, na noite de 19 de julho. Mas, seria Escritor um cronista que de vez em quando acorda fazendo poesia? Ou tem, ainda, engavetados textos de teatro? Ou escreveu livros e organizou a antologia da Academia Pedralva, de onde é acadêmico? Não sei... Mas, como adquiri este hábito de passar sentimentos para o papel, seja em que formato for, e, já com 6 livros escritos e 2 em preparação, o que na realidade eu sinto é uma grande satisfação em poder expressar esta dádiva que Deus me deu,
Porém, não custa nada questionar:
Se você, quando pequenino, ouviu da sua mãe histórias que costumavam levá-lo ao sono mas que, aos poucos, a sua mente infantil transformava em sonhos....
Se, mais tarde, na alfabetização, você conheceu a magia da leitura e, com ela, a curiosidade pelos primeiros textos que, apesar de singelos, mexeram com o seu inconsciente...
Se, com a adolescência, o seu coração bateu mais forte por uma vizinha, uma colega de escola, ou mesmo uma amiga da sua irmã que um dia esteve em sua casa, e você não conseguia tirar aquela imagem da sua cabeça...
Se, depois, no colégio o professor de português lhe pedia para falar sobre determinado tema e a sua dissertação acabava elogiada pelas construções que você costumava empregar no texto...
Se, um livro que marcou, um poema que tocou fundo o seu coração, uma peça teatral que lhe arrebatou, um artigo jornalístico que você por empolgação, leu e releu tantas vezes, mexendo com seus sentimentos de cidadão...
Se, na morte do seu pai, da sua mãe, no seu casamento, ou no nascimento dos seus filhos, meditando sobre o inevitável CICLO DA VIDA, você escreveu textos e poemas tocantes que causaram admiração dos que leram...
Se, nas suas noites de angústias, na sua solidão, quando você tantas vezes recorreu a DEUS, e rezou uma prece que um dia ouviu ou leu e que nos seus momentos de sufoco a ela recorreu, como remédio, um bálsamo para a alma...
Se, você já passou, ou passa por tudo isso, meu caro, acredite: são momentos como esses que fazem de alguém um poeta, um cronista, um escritor. E, é esse ESCRITOR que, ao transpor para o papel o seu sentimento, vai construindo as suas criações, que manipula, dá vida e sentimento, transferindo-lhes sempre um pouco daquilo que já viveu...
Via de regra, cada autor tem a sua característica, a sua  marca, ou seja: a maneira como escreve o seu texto. Com sutileza, graça, malícia, erotismo, amor, retórica, crença no que está dizendo, e tudo o mais que, com o seu estilo peculiar, vai torná-lo conhecido como ESCRITOR.