"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

UMA HISTÓRIA DE AMOR

Hoje, eu lhes trago uma história de amor. Está tão fora de moda esta palavra, atualmente, não é mesmo? O que se vê na mídia, diariamente, é o contrário, o desamor. Por isso que ela merece ser contada... Foi entre dois seres que durante determinado período se amaram intensamente. Dois anos de perfeita união. Os amigos comentavam o bom relacionamento entre eles. Ele tímido, aos poucos foi se soltando, apresentando a companheira com orgulho. Ela o atraíra por seu carisma, seu charme, sua simplicidade. Era um mundo diferente: tudo nela lhe atraia. Daí, rolar fácil a conquista, o convívio intenso. Quinzenalmente costumavam festejar com os amigos a sua felicidade, em animados encontros que se prolongavam pela noite. Os dois pareciam o casal mais perfeito do mundo. E, se os dois aparentavam tanta união, nada mais natural que uma separação agora causasse tanto constrangimento.
Ela era um amor. Acatava os mimos que o amante lhe proporcionava, tornando-se, com isso, mais atraente e jovial, o que, a despeito da idade, exibia sem nenhum constrangimento. Conhecedora da vida, já vivera outros casos de amor antes. Mas, o parceiro atual era diferente. Cobria-lhe de atenções, de cuidados, de elogios, incrementando sempre aquele relacionamento. Muitas vezes, buscava nos antepassados da família da amada desvendar o carisma da companheira. Gostava de ir fundo nos seus pensamentos, seus mistérios, suas fantasias, suas dores, sim, porque como todo ser, ela também tinha ocasiões de carência, de necessidades diversas, e, nesses momentos ele redobrava suas atenções, seus carinhos... Um tipo de amor, talvez até ultrapassado pelos novos modelos de vida: comunicações fáceis, amores fugazes, que a mídia quase nos impõe a cada dia, de forma charmosa, mas nem sempre feliz.
Na verdade, a fantasia literária acima não se refere a nenhum relacionamento homem-mulher. Trata-se do meu caso de amor com a Academia Pedralva. Um caso daqueles tão intensos que a gente nem vê o tempo passar. Há poucos tempo, quando notei, já estava se encerrando o meu mandato. Tentei fazer o novo presidente, o que seria a meu ver, uma continuação, mas ele não topou. Para concluir alguns trabalhos, candidatei-me novamente, mas a maioria já havia se comprometido com a outra chapa...
O certo é que os dois últimos anos foram anos de luta, de fraternidade, de felicidade intensas vividas plenamente com a minha querida Academia Pedralva. Tão íntimos fomos, que considerei esta, uma verdadeira história de amor. Coisas que só o coração entende...