"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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sábado, 21 de julho de 2012

ÀS VÉSPERAS DAS 10 MIL VISITAS

Próximo de conseguir o marco de 10 mil visitas a este blog que criei com a preciosa ajuda do meu filho que mora no Piauí, numa autêntica demonstração de que o mundo já não é mais o mesmo, (confirmando o que apregoavam os teóricos da globalização, pelos idos dos anos 60/70), queria festejar antecipadamente, e abraçar fraternalmente cada um dos meus queridos leitores. Como sei que isto é impossível, buscarei dar o melhor de mim naquilo que mais me envolve atualmente: escrever.

É bem verdade que, desde a minha infância, a escrita sofreu uma incrível evolução. Devo esclareço, a bem da verdade, que eu não sou da era do papiro, nem nunca me expressei em hieróglifos. No entanto, passei por diferentes fases, na maneira de como escrever... do lápis, do grupo escolar, à caneta tinteiro, do ginásio. Depois foi a famosa esferográfica de longa vida e grande variedade, que continua firme nos dias atuais...

Mais por necessidade de trabalho, na adolescência, frequentei, em Mossoró, o curso de Datilografia da escola do professor Antonio Amorim, o que me facilitaria, mais tarde, na obtenção de empregos no Rio de Janeiro, bem como no gosto pela arte de escrever, agora mais facilitada. Nas horas vagas nos meus primeiros empregos, eu datilografava muita coisa que havia escrito a lápis e em papel de pão na padaria do meu pai. E, depois do curso me empolguei, e passei a datilografar os meus textos, até por que os escritos a mão, muitas vezes ficavam difíceis de ler. Daí, a atenção dada à datilografia onde, através da prática, cheguei a bater "200 toques por minuto", o que era o máximo na época. No telex da EMBRATEL, nos anos 70, digitei muita coisa na bancada de operação nas horas ociosas. Principalmente, quando trabalhava pela manhã, que era o horário mais tranquilo. Quando vim para Campos em 80, eu me orgulhava de possuir uma máquina portátil "Olivetti Letera", o que me facilitava muito, datilografando alguns trabalhos nos momentos em que os garotos mais velhos me permitiam, ou seja, lá pela meia noite. Mas, como tinha boa rapidez, dava para passar rascunhos a limpo e ainda produzir novos textos...

Em Campos eu fui funcionário público e trabalhei em um banco. No primeiro caso, ainda com aquela máquina pesadona. A elétrica era somente para antigos funcionários digitarem atas. No banco já trabalhava com máquinas elétricas ou com teclados anexos aos computadores que eram tão leves para digitar quanto as primeiras. Em qualquer caso, felizmente, eu sempre me dei bem, graças ao curso de três meses do "asdfg" do saudoso professor Antonio Amorim... No Rio de Janeiro, e depois em Campos, muita gente se admirava de eu datilografar/digitar sem olhar para o teclado. Eu, ao contrário, achava curioso como colegas conseguiam certa habilidade com apenas... dois dedos.

Pois é, em linguagem de informática, tudo o que falei aí em cima seria o meu "hardware"; já a maneira como eu tenha trabalhado, no banco, os cálculos, os lançamentos, etc, seria o meu "software". No meu dia a dia de aposentado, entretanto, o meu software, tem sido cuidar das minhas produções literárias (poemas, crônicas, e teatro, que este ano estou tentando trazer a público!) e dar atenção à minha querida Academia Pedralva, onde cheguei a ser presidente e aprendi muito com os meus pares.

Para completar esse período de software poético, publicados no blog Painel do Gurgel, eu não poderia deixar de agradecer à preciosa e vital colaboração do meu filho Rodrigo que, da quente, bela e hospitaleira Teresina, dá a sua fantástica colaboração para que o blog torne-se cada vez mais belo visualmente e questionador na sua participação social. Pois, apesar das dificuldades, do constante aumento da miséria e da violência nos jornais televisivos tenho sempre em mente os versos de Vinícius de Moraes: ..."e, no entanto é preciso cantar!"


Um abraço e obrigado a todos os leitores e amigos.