"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

UMA PERGUNTA

Uma pergunta: por que manter num país de tanta desigualdade, a custo incalculável, gerido por elementos que só se realizam no ilícito, um Senado que não corresponde à sua finalidade? Não estou cometendo nenhum crime com este questionamento, porque sabemos que há muitos países que são unicamerais e legislam bem. Além disso, com o fim de um senado podre, estaríamos exterminando da sociedade um câncer em fase de pré-metástase, e garantiríamos bem mais verbas para a educação, a saúde e a segurança do povo que são péssimas.
Como acreditar numa instituição onde o alvo das acusações tenta cinicamente demonstrar inocência? Onde um imaturo político quando acuado, rosna e ameaça o interlocutor com olhar satânico. E, como ainda crer numa classe onde o maior acusador do presidente, pessoa tida como impoluta pela maneira firme com que faz acusações, na verdade também faz das suas com o dinheiro público, e, quando descoberto, apressa-se a consertar devolvendo aos cofres públicos a dívida contraída com afilhado no exterior? Como acreditar?
Não sou nenhum analista político. Sou um cidadão brasileiro patético com os crimes e a bagunça generalizada provocados por senadores irresponsáveis. E, pensar que em muitos países “cabeça branca” é sinônimo de caráter, honradez e honestidade... são famosos os conselheiros orientais, que são consultados na velhice por suas experiências e conduta ilibadas. O contrário ocorre no nosso senado, onde parece que nenhuma cabeça branca merece confiança. No entanto, a despeito do pensamento de líderes e do mandatário maior da nação, favoráveis à permanência do gerador dessa bagunça, o momento é de se questionar... e muito! Para o bem de todos e da Nação. Portanto, senhores senadores pensem no País; nos pobres que os elegeram. Dêem exemplos! Comecem por ser honestos! Entendam, em seguida, que são apenas funcionários da Nação. Não seus donos!
Sabemos das duras punições a políticos que cometem delitos, em outros países, principalmente os do oriente. Lá existem penas severas para políticos corruptos. Nos Estados Unidos, político anda na linha porque sabe o rigor da lei nacional. Não quero dizer que devêssemos implantar no país, castigos físicos do tipo perda progressiva das falanges ou das próprias mãos, como prova de honestidade. Mas, convenhamos, estamos presenciando uma “casa de mãe Joana” de luxo, acobertada por um desavergonhado corporativismo, onde tudo é permitido. A lei é cada um fazer o que quiser, principalmente com o dinheiro público e depois desfilar por aí com seus sorrisos irônicos, e livres como se fosse o mais honesto dos homens.