Um “herói” nacional foi preso por não pagar pensão alimentícia. Outro “herói” há pouco tempo envolveu-se com travestis numa noitada de motel. Um terceiro “herói” desertou; não das forças armadas, mas de uma empresa que lhe pagava régio salário. É... na nossa pátria, não se concebem mais heróis como antigamente. Na verdade, o conceito de herói hoje apregoado pela mídia diverge muito do seu antigo: aquele ser que se sacrifica por uma causa, dando o seu sangue, e, se preciso, a própria vida na sua defesa.
Pelo conceito atual, herói e aquele que nasceu com sorte... Desenvolveu habilidade para determinada atividade, arranca aplausos de platéias empolgadas, e suspiros de moçoilas louras, naturais ou fabricadas. Sofre ataques firmes dessas poderosas inimigas acabando por capitular, ou seja, rendendo-se ao casamento. A sua participação em competições milionárias, leva-os muitas vezes a certas conquistas, o que lhe garante, na volta à Pátria, o honroso abraço presidencial.
Quanto engano! A nossa sorte nesse deslumbramento é que somos um país abençoado por Deus: único no mundo com tanta riqueza em tanta dimensão! Não devemos nos esquecer que se, apesar das bandalheiras, chegamos aos dias atuais sendo admirados e respeitados pelas demais nações, muito devemos aos atos de bravura de homens como Estácio de Sá, Tiradentes, Duque de Caxias, Almirante Tamandaré, e tantos heróis nacionais, que lutaram e/ou morreram para garantir aos brasileiros esta pátria imensa e rica, chamada Brasil.
Responsável pela fabricação de falsos Imperadores, Rainhas, Príncipes e Princesas a mídia deslumbrada, no afã de consagrar esta ou aquela figurinha da vez, e acostumada a dirigentes trapalhões e a constantes corporativismo dos poderes republicanos, esquece de abrir espaço para aqueles que realmente consagraram sua vida à Pátria, defendendo-a incansavelmente, seja de inimigos, seja do atraso, da prepotência, do analfabetismo, e de mazelas que travam o desenvolvimento nacional.
Os restos mortais dos nossos pracinhas que combateram nos campos da Itália, no Monumento dos Pracinha, Aterro do Flamengo, nos dá a verdadeira dimensão do significado da palavra herói. Jovens militares que deram o seu sangue pela liberdade. Além do confronto da 2ª Guerra Mundial, outros pracinhas brasileiros também arriscariam suas as vidas em outros conflitos mundiais, como o do Canal de Suez, e, nos dias atuais, pacificando uma nação de miseráveis, o Haiti. Estes, sim, com todas as letras e todos os galardões, podem e devem ser reverenciados como HERÓIS!