Ultimamente,
tenho me chocado muito com a maneira como as nossas crianças tem
sido tratadas. O caso mais recente – do menino Joaquim – causou
estarrecimento, apesar de fatos dessa natureza já estarem se
tornando rotina nos programas policiais das nossas televisões. Cada
dia que passa nos deparamos com mais acontecimentos cruéis
semelhantes.
Não
sou filósofo, religioso, educador, nem alguém “mestre” ou
“doutor” no tema. Mas, acredito que alguma coisa deveria ser
repensada para que erros familiares traduzidos em ciumadas,
frustrações, irresponsabilidades, desvios psicológicos, vicio em
drogas, erotismos exagerados – falta de Deus, principalmente! –
não continuasse a produzir notícias tão profundamente tristes
quanto a desse garoto...
Gente,
filho diante da magnitude da sua concepção, é coisa para ser
pensada quando a união do casal já estiver solidificada e não
restem dúvidas quanto à escolha, e não de qualquer maneira, num
alegre “ficar” de um mega show qualquer, regado a “sei lá o
que”... Semelhante à criação do Deus, a concepção nos torna
coparticipe da Sua obra ao gerarmos um ser a nós semelhante. Daí, o
respeito com que o fato deve ser tratado. Planejado com amor, o novo
ser deve ter a atenção e o carinho do casal sempre: do berço ao
Jardim de Infância; das travessuras de criança à responsabilidade
de jovem; das primeiras letras ao curso técnico ou à universidade
que lhe abra o caminho da vida profissão, é essa a missão dos
pais. FILHO não é uma coisa qualquer, que possa ser descartada,
jogada no lixo, ou eliminada por qualquer problema inerente à
criança ou, muito mais grave ainda: problemas inerentes aos seus
pais.
No
momento em que já se vislumbram as festas natalinas, quando os
nossos corações se regozijam com a chegada do menino Jesus,
elevemos a Deus as nossas preces! Que o inocente Joaquim (tão
brutalmente sacrificado!) tenha a recepção que merece nos céus. E
que a nossa pátria pare de produzir tanta coisa ruim como passou a
fazê-lo ultimamente.