"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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segunda-feira, 8 de março de 2010

SOLDADO-PASSARINHO

Incorporei, nos dois últimos anos da minha vida (biênio 2008-2009) as figuras de soldado e de passarinho. Muitas vezes, separadamente, outras tantas em conjunto, eu fui soldado e fui passarinho no comando em Campos dos Goytacazes da Academia Pedralva-Letras e Artes.

Me confesso mais familiarizado com a figura do soldado que eu fui há muitos anos no Tiro de Guerra nº 188, em Mossoró. Lá, apesar de ser batalhão de 2ª Divisão, aprendi muito sobre valores essenciais ao homem como: nacionalismo, caráter, sacrifício, forjando assim na minha personalidade uma estrutura de homem cônscio dos seus deveres. O meu lado passarinho eu o cultivo desde a adolescência assistindo a cinema, teatro (onde Kiko e Tarcísio, irmãos meus, integravam o TEAM, grupo vitorioso de lá, que acaba de completar 50 anos. Também e, principalmente, a música, popular ou clássica, estiveram sempre presentes no meu lado passarinho...

Pois bem, eleito presidente da Pedralva, consciente das dificuldades que iria enfrentar, como soldado, acatei a decisão suprema do comando. O passarinho ficou meio ressabiado pois sabia que os seus voos seriam limitados. Um belo dia, o Soldado-Passarinho descobriu que fora aprisionado, engaiolado. O soldado planejou, traçou estratégias, e lutou firme, pois aquela missão lhe fora confiada e ele não poderia abandoná-la. Render-se, jamais! Fossem quais fossem as conseqüência! Durante muito tempo o canto do passarinho foi triste, baixinho, quase oração...

Um belo dia, o sol voltou a brilhar! Terminara, para o militar, a dura missão. O passarinho, ganhando a liberdade, reinventou voos e cantos singelos, como se fossem os primeiros...