É... dá para notar que a concordância foi pro beleléu, levando junta a nossa pobre Língua Portuguesa. A gramática foi jogada pra escanteio, e a gíria, o erotismo e o duplo sentido tomaram conta do nosso novíssimo panorama musical. É assim que a banda toca por aqui atualmente. Se o produto vende, o que importa a qualidade? O importante é que ele faça a cabeça da garotada, que lote estádios, e que proporcione boas vendas de CD, DVD e produtos similares dos novos ídolos.
O mais curioso é que quem atropela a língua, e faz sucesso nas paradas é um movimento que surgiu com o pomposo nome de “Sertanejo Universitário”. U-N-I-V-E-R-S-I-T-Á-R-I-O ??? É... tudo é possível, dentro do quadro de atrações que, atualmente, frequenta a nossa mídia. A pena que eu tenho é sentir o abismo para onde a nossa juventude caminha diariamente, ouvindo os Michels, os Luans, os Gustavos, tidos hoje como os reis da mídia televisiva, tendo como parceira a deplorável linguagem que a nossa juventude criou para se comunicar através da Internet.
Saudades que eu sinto de outros tempos, onde compositores como Chico Buarque, Edu Lobo, entre outros, capitaneados por “mestres” como Vinícius de Morais e Tom Jobim, não proclamavam os seus graus universitários, mas em compensação, produziam joias musicais...
Ainda que os criadores da novidade quisessem se justificar, dizendo que é próprio do sertanejo o linguajar inferior, singelo, sem a obrigação de preciosismos linguísticos, o fato é que não há como comparar, por exemplo, “Luar do Sertão” com qualquer um dos hits do momento. “Luar do Sertão” é poesia pura e será lembrada eternamente, enquanto os hits classificados de “sertanejos” e “universitários” são descartáveis e, no máximo, servem para os seus intérpretes rebolarem no palco em movimentos sensuais para delírio das adolescentes, que não querem nem saber se, o Sujeito tem que combinar com o Verbo. Jamais alguém falaria: “As minas, pira, pira, pira...” Se foi cantada por ignorância, é grave. Mas, pior ainda, se a criação foi proposital. É um desrespeito à nossa Educação, à nossa juventude, aos nossos universitários, muitos deles lutando com extremo sacrifício para realizar o sonho de concluir uma faculdade.
Conseguirão esses seguidores do tal movimento “Sertanejo Universitário” passar num Vestibular? Tenho cá as minhas dúvidas. Mas, como a televisão está cheia de programas do tipo reallity show, poderão se candidatar a um lugar nesses confinamentos. Lá, por exemplo, tem poeta famoso incentivando o povo brasileiro a “dar uma espiadinha” e outras futilidades que talvez combinem bem com o seu estilo... a escolha é sua!
O mais curioso é que quem atropela a língua, e faz sucesso nas paradas é um movimento que surgiu com o pomposo nome de “Sertanejo Universitário”. U-N-I-V-E-R-S-I-T-Á-R-I-O ??? É... tudo é possível, dentro do quadro de atrações que, atualmente, frequenta a nossa mídia. A pena que eu tenho é sentir o abismo para onde a nossa juventude caminha diariamente, ouvindo os Michels, os Luans, os Gustavos, tidos hoje como os reis da mídia televisiva, tendo como parceira a deplorável linguagem que a nossa juventude criou para se comunicar através da Internet.
Saudades que eu sinto de outros tempos, onde compositores como Chico Buarque, Edu Lobo, entre outros, capitaneados por “mestres” como Vinícius de Morais e Tom Jobim, não proclamavam os seus graus universitários, mas em compensação, produziam joias musicais...
Ainda que os criadores da novidade quisessem se justificar, dizendo que é próprio do sertanejo o linguajar inferior, singelo, sem a obrigação de preciosismos linguísticos, o fato é que não há como comparar, por exemplo, “Luar do Sertão” com qualquer um dos hits do momento. “Luar do Sertão” é poesia pura e será lembrada eternamente, enquanto os hits classificados de “sertanejos” e “universitários” são descartáveis e, no máximo, servem para os seus intérpretes rebolarem no palco em movimentos sensuais para delírio das adolescentes, que não querem nem saber se, o Sujeito tem que combinar com o Verbo. Jamais alguém falaria: “As minas, pira, pira, pira...” Se foi cantada por ignorância, é grave. Mas, pior ainda, se a criação foi proposital. É um desrespeito à nossa Educação, à nossa juventude, aos nossos universitários, muitos deles lutando com extremo sacrifício para realizar o sonho de concluir uma faculdade.
Conseguirão esses seguidores do tal movimento “Sertanejo Universitário” passar num Vestibular? Tenho cá as minhas dúvidas. Mas, como a televisão está cheia de programas do tipo reallity show, poderão se candidatar a um lugar nesses confinamentos. Lá, por exemplo, tem poeta famoso incentivando o povo brasileiro a “dar uma espiadinha” e outras futilidades que talvez combinem bem com o seu estilo... a escolha é sua!