"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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sábado, 4 de abril de 2009

UM PODER FASCINANTE

Acho que depois que um funcionário de peso como o novelista Benedito Ruy Barbosa (“Pantanal”) enfrentou, coberto de razão, a toda poderosa REDE GLOBO, não vejo porque também não dar a minha opinião. Afinal, nunca ninguém tão importante, se rebelara antes contra as arbitrariedades ditadas pela toda poderosa, o que fez com que ficássemos – os mais antigos – privados, por exemplo, de Dercy Gonçalves por anos seguidos. O mesmo acontece atualmente com Chico Anísio. Enquanto tanta coisa sem graça toma o seu lugar no horário nobre.
Nem tudo na Globo, é como o telespectador gostaria que fosse. Programas como o do Jô Soares e o do Serginho Groisman (mesmo que na versão atual que promovam mais as estrelas globais), e outros como o Telecurso e o Globo Rural, programas de alta qualidade, só são apresentados no ingrato horário da madrugada. Não é desumano obrigar o cidadão que gosta de assistir a uma boa entrevista ou atualizar seus estudos, ficar acordado até mais tarde, ou botar o despertador para assisti-los?
Fanáticos globais que me perdoem! Mas a emissora está repetitiva, enjoada, chata, mesmo! Me parece que obedece ao lema, “cria fama, deita na cama”. Não vejo criatividade nenhuma na sua programação atual. Sérgio Chapelain, por mais caretas que faça, não consegue melhorar o nível do Globo Repórter. Xuxa, qualquer dia vai entrar de bengalinha, para os baixinhos alienados do Brasil. Por que será que ela não encara um programa para adultos ou adolescentes? O pior é que continua pulando e berrando, mostrando para todo o mundo o seu lema: “todo mundo tá feliz”!... Sandra, aquela do “Jornal Hoje”, parece ser uma atriz frustrada: não pára com as mãos, caras e bocas... Às vezes, tirando o som, a impressão que se tem e que estamos diante de um clone de Carmem Miranda. Não sei se é orientação da emissora, mas dar notícias sérias com toda aquela mímica, todo aquele papo de talk show, é muito estranho...
Outra curiosidade desse 4º poder da República (já que as demais emissoras costumam apenas comentar a programação da líder, o que é uma lástima!) são as modas que ela costuma impingir ao brasileiro. À brasileira, principalmente. Há poucos dias (talvez para “empurrar pela boca” a enjoada “Caminho das Índias” Estavam comentando que as brasileiras usariam aquela roupa pesadonas da novela. Será? Já não basta sabermos tudo sobre a Índia: como vivem, rezam, cantam, dançam, casam, ganham dinheiro e transam, ainda teremos que ver as nossas mulheres com aqueles vestidos pesadões? Se era para mostrar o modo de viver dos indianos, fizessem um Globo Repórter, e não uma novela!
O pior é que o núcleo do Brasil também é um desastre. Como pode uma pessoa vivida como a autora, criar personagens tão alienados, surreais como o de Débora Bloch, e sua amiga e rival Letícia Sabatella (linda!) E é novela atual! Atualíssima... coitadas das atrizes. O pior é que querem transformar Letícia numa vilã sucessora de Patrícia Pillar, para levar a novela até o final. Isso tem nome: pouco caso com nossa inteligência!