"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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quarta-feira, 31 de março de 2010

A RESPEITO DA 3ª PROFECIA (COMENTANDO UM TABU)

Para mim, o mais interessante da Internet não são as salas de debate, orkut, twit, etc. Para mim, o mais sensacional dessa incrível rede é podermos ter a qualquer momento todo o saber humano ao nosso dispor. Quer um exemplo? Quem foi William Saroyan? Uma rápida busca e o Google logo dá a resposta: “norte-americano, de origem armênia, autor do best-seller “A Comédia Humana”, e complementa com informações diversas sobre o autor e a obra”. Na hora! Obter, sem precisar se deslocar a bibliotecas, arquivos, jornais, etc., as informações de que você precisa seja na ciência, nas artes, na religião, em qualquer outra atividade humana, com um simples click, e no conforto do seu lar, é o máximo! É impressionante como de uns anos para cá as pesquisas se tornaram mais ágeis, os negócios mais práticos, tudo contribuindo para transformar o mundo na famosa “Aldeia Global” que os teóricos dos anos 60/70 proclamavam.

Mesmo tendo trabalhado na Embratel, quando esta dava seus primeiros passos, conhecendo, portanto, as vantagens da moderna telecomunicação, confesso que não costumo tirar o máximo de proveito do que a rede oferece... A minha relação com o computador (que há uns quinze anos, quando comecei era, para mim, apenas uma máquina de escrever “sofisticada”) resume-se na produção de uma crônica e matérias para o Blog que o meu filho que mora no Piauí criou para mim. Fora isso, tenho um e-mail para as minhas correspondências. Blogueiros amigos estão sempre me enviando novidades: Beth: cada e-mail seu é uma jóia da cultura universal; Roberto, cronista/poeta de Campina Grande, tem de plantão o bom nacionalismo ao lado do bom humorismo; Ainda no Nordeste, Ivoneide e Ivanosca estão sempre me remetendo belas mensagens. Em Campos, Neiva, Manolo, Walnize, Quitar e Dr. Redondo freqüentam o meu e-mail constantemente.

No dia 18 de março, recebi do meu amigo Roberto mais de 10 e-mails de uma só vez. Dentre eles, um me impressionou. Na verdade já recebera outros e-mails chocantes como, por exemplo, um que mostra pilhas de cadáveres de judeus na II Guerra Mundial, vítimas da insanidade humana. Já o e-mail a que me refiro agora fala da 3ª profecia de N.S. de Fátima. Ela impressiona porque coincide com as repetidas catástrofes que passamos a viver ultimamente...

Não seria a hora desses milhões de brasileiros alienados que se ligam tanto em Big Brother e outras bobagens televisivas; mais os milhares de “ratos” irresponsáveis que infestam os nossos poderes públicos; e os pervertidos que corrompem a nossa juventude se conscientizar do problema, refletindo seriamente sobre o tema? A impunidade no nosso país, e o achar que se pode fazer tudo, tem contribuído para a bagunça generalizada em que nos encontramos atualmente. E, o segredo de Fátima tem tudo a ver com o momento atual. O próprio Brasil vive situações incomuns: enchentes devastadoras, mudanças climáticas, furacões, abalos sísmicos... Quem sabe se, diante de tantas evidências negativas os católicos e até mesmo os não católicos, sintam que a hora é de meditar na 3ª Profecia de N.S. de Fátima? E, confiantes no Pai Supremo, como cristãos passarmos a agir com mais fé, e como cidadãos com extrema seriedade cívica!

domingo, 21 de março de 2010

O SUMIÇO DE LILI

Foi assim... Charles vivia sozinho. Não podia ver uma perna de moça que logo se chegava e ensaiava inconveniências. Suas atitudes já eram motivo de vergonha para a família, já que Charles não respeitava moças moças, moças adultas, e até moças idosas, como era o caso da vovó... era só a visita chegar, se acomodar na poltrona e lá vinha Charles buscando as pernas das moças com suas demonstrações eróticas. Foi então que os donos se apressaram para arranjar-lhe uma companheira. E, Lili entrou em cena. Chegou com lacinho de fita, perfumada, mas como na música de Chico, ele não deu bola para os enfeite não, “queria mesmo era agarrar, despentear, ir para cama”... E, foram tantos dias dedicados exclusivamente à amada Lili, que as visitas até se viram aliviadas do constante assédio do Charles às suas pernas.

Tantos encontros amorosos e sem nenhum cuidado contraceptivo resultaram que logo, logo, Lili se viu prenhe, não faltaram os elogios masculinos à façanha de Charles, muito parecidos com aqueles da propaganda de cerveja:

- Charlão!... Machão!... Durão!... Paisão!...

Enquanto isso a barriga de Lili crescia, crescia... e pelos cálculos de gestação canina já estava chegando o dia do nascimento dos filhotes. Numa bela noite de sábado, o pânico:

- Lili sumiu!!! Foi um clamor... “Procurou no meu quarto?” – Procurei! “Na cozinha?” – Também! “Lá fora?” – Já revirei tudo, mãe: área, cozinha, banheiro, todos os quartos, lá fora!... A casa do meu vizinho da frente foi tomada por um desespero coletivo:

- Quem deixou a porta aberta? Quem? Quem? Quem? Era mais uma acusação do que uma pergunta propriamente dita.

- Ela não sabe andar por essa Pelinca! – E, com a barriga naquele tamanho! - Pequenininha e mansa como é, com certeza já apanharam! - Meu medo é que seja atropelada. Santo Deus!...

O pai um pouco mais calmo que os demais determina: filho vai na direção da Formosa. Amor, vai pela Pelinca! Até o meu caçula, vendo o clamor instado em razão do torno do sumiço de Lili se prontificou a ajudar, percorrendo de moto ruas adjacentes...

O grupo reunido na frente da casa não tirava o olho da rua, na esperança de que a qualquer hora um dos “caçadores” voltasse com a fujona sã e salva. Chega o primeiro, nada! O segundo, nada! O terceiro ainda não tinha voltado, quando veio o grito de alívio da filha que vasculhando cada palmo da casa acabara descobrindo o esconderijo da Lili, no quarto de objetos usados, num espaço quentinho de um móvel antigo que ela cuidadosamente escolheu como maternidade. Era lá que estava a Lili, indiferente a tanto alvoroço que, sem saber provocara, se preparando para trazer à luz seus filhotes, para orgulho de Charles que dera a pista à filha da casa, montando guarda próximo ao local onde se encontrava Lili.

Daí para a frente, foi só festa, respirar fundo de alívio, risos e agradecimentos ao Pai pelo aparecimento de Lili. Esta, na tranqüilidade do leito que improvisara, já naquela mesma noite pariu o primeiro filhote daquela gestação.

domingo, 14 de março de 2010

PADRÃO GLOBAL

Mudei eu? Ou mudou o famoso Padrão Global, da Rede Globo de Televisão? Ela que primava por uma linha perfeita, séria, charmosa, que encantava o telespectador pela maneira irretocável como os seus programas eram produzidos, hoje em dia já não é a mesma coisa. No jornalismo, por exemplo, são tantas as novidades ditas pelos apresentadores – não sei orientados por quem! – que muitas vezes a gente nem parece que está na poderosa Rede Globo, a Venus Platinada.

Anotei algumas delas. Vejam se concordam comigo: O casal 20 do Jornal Nacional, William Bonner e Fátima Bernardes, de um tempo para cá, passou a ler a notícia e, invariavelmente, se virar para o parceiro. Por que motivo? Como são casados, fico imaginando o dia em que estiverem brigados (ou serão diferentes dos demais casais!) mesmo sem querer, ter que virar o rosto para o parceiro... Me ocorre, também, se com essas viradas constantes que eles estão praticando, não correm o risco de sofrer um inesperado e indesejado torcicolo...

Já a repórter de esportes Glenda K. (sobrenome difícil!), além de dar as notícias encenando golpes de capoeira ou de caratê, chutes, etc., de vez em quando se senta em forma de Buda num móvel qualquer do cenário ou ameaça uma corrida, um salto ou coisa semelhante... Não sei se a excentricidade resulta em IBOPE, mas o certo é que a moça do jornalismo esportivo foi promovida ao comando das transmissões carnavalescas o que fez (talvez por falta dos trejeitos), com uma atuação bem discreta, para não dizer apagada...

Porém, nada supera, a “criatividade” teatral do casal que apresenta o Jornal Hoje. É impressionante a gesticulação, as risadas e os gritinhos, emitidos pela apresentadora Sandra A. (sobrenome também difícil). A impressão que fica é que o jornal da tarde da Globo está sendo transmitido por dois vizinhos que se encontram no portão da casa de um deles “para botar os assuntos em dia”. Engraçado é que o apresentador, rapaz até pouco tempo comedido e correto na leitura das notícias, foi contaminado pelo vírus teatral da parceira e, mesmo sem jeito, entrou na onda...

Não sei se essas novidades todas tem a ver com o BBB que esculhambou de vez a programação global. Ou se, com a concorrência de outras emissoras. É bem verdade que a “eterna vice” em audiência, emissora do dono do Baú, nunca se preocupou com a seriedade da sua programação. O seu negócio sempre foi a Loteria do patrão! O resto era o resto!...

Agora, não! Com outra emissora querendo bater de frente, a coisa muda de figura. Pode ser que resida aí a troca do clássico “padrão global” por um linguajar que, atualmente, não tem nada de sério, clássico, padrão, ou coisa semelhante...

segunda-feira, 8 de março de 2010

SOLDADO-PASSARINHO

Incorporei, nos dois últimos anos da minha vida (biênio 2008-2009) as figuras de soldado e de passarinho. Muitas vezes, separadamente, outras tantas em conjunto, eu fui soldado e fui passarinho no comando em Campos dos Goytacazes da Academia Pedralva-Letras e Artes.

Me confesso mais familiarizado com a figura do soldado que eu fui há muitos anos no Tiro de Guerra nº 188, em Mossoró. Lá, apesar de ser batalhão de 2ª Divisão, aprendi muito sobre valores essenciais ao homem como: nacionalismo, caráter, sacrifício, forjando assim na minha personalidade uma estrutura de homem cônscio dos seus deveres. O meu lado passarinho eu o cultivo desde a adolescência assistindo a cinema, teatro (onde Kiko e Tarcísio, irmãos meus, integravam o TEAM, grupo vitorioso de lá, que acaba de completar 50 anos. Também e, principalmente, a música, popular ou clássica, estiveram sempre presentes no meu lado passarinho...

Pois bem, eleito presidente da Pedralva, consciente das dificuldades que iria enfrentar, como soldado, acatei a decisão suprema do comando. O passarinho ficou meio ressabiado pois sabia que os seus voos seriam limitados. Um belo dia, o Soldado-Passarinho descobriu que fora aprisionado, engaiolado. O soldado planejou, traçou estratégias, e lutou firme, pois aquela missão lhe fora confiada e ele não poderia abandoná-la. Render-se, jamais! Fossem quais fossem as conseqüência! Durante muito tempo o canto do passarinho foi triste, baixinho, quase oração...

Um belo dia, o sol voltou a brilhar! Terminara, para o militar, a dura missão. O passarinho, ganhando a liberdade, reinventou voos e cantos singelos, como se fossem os primeiros...