"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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domingo, 15 de março de 2009

CORPORATIVISMO

De repente, uma vontade enorme de participar, mas participar na praça, ao lado do povo, dizendo palavras de ordem. De repente, a população “robotizada” já não sabe falar; e um telefonema pro Datena, pouco conta, apesar de demonstrar insatisfação diante de privilégios parlamentares. De repente, a gente sente na pele o que é a arrogância dos nossos representantes, principalmente no que se refere ao corporativismo. Ah, que falta fazem aqueles jovens inflamados que, armados com pedras portuguesas enfrentavam os fuzis e os ditames da ditadura. Você há de perguntar: por que todos esses “De repente”? E, eu respondo: Porque o tempo não pára, e o que é pior, voa... A gente sente os acontecimentos aviltantes se repetindo sempre no cenário político brasileiro: líderes dos anos 60 sendo corrompidos; o judiciário fazendo corpo mole; o executivo no velho jogo do “toma lá dá cá”... E a Nação precisando se preparar para sua missão de grande potência. Mas, como “Grande Potência”, se tudo continua como dantes? Em alguns casos, até pior... a Amazônia sendo devastada; os rios poluídos; a “lei de Gérson” prevalecendo, e o que é pior, a custa da derrocada da família brasileira, via BBB ou via Playboy, onde jovens só pensam no ganho fácil, e vão para debaixo do “edredon” na maior facilidade, envoltos no charme armado pela líder do Quarto Poder, a TV Globo. Tudo para engabelar o brasileiro, que se satisfaz com pão e circo. Há também a opção de ficar pelada em revista; ou, mais radical ainda, fazer filme pornô... Não sei não. Acho que não podemos radicalizar, chegar a extremos religiosos ou políticos já vistos, mas... Senhores Legisladores, pelo amor de Deus!...

Será que não já era tempo de pensarmos no Brasil como um País Sério? Quando teremos pessoas sensatas em comandos fundamentais, que entendam que o tempo é de fazermos um “corporativismo às avessas” que evite as evasões de divisas, os conchavos, as polpudas comissões; punindo de maneira exemplar quem não honrou o seu compromisso oficial? Não copiamos tantas coisas bobas do Primeiro Mundo? Por que não copiarmos, também, suas leis em geral rigorosas que protegem a Nação e punem os cidadãos por igual? Depende dos senhores, senhores parlamentares, o surgimento de leis mais justas, cidadãs, patrióticas, que beneficiem o brasileiro como um todo, e que visem a Pátria como objetivo maior... urge que tenhamos legisladores sérios, impolutos, incorruptíveis! Estamos diante de situações mundiais cada vez mais complicadas, e não é com decisões tendenciosas que assumiremos o papel que o futuro nos reserva. Problemas dos sem-terra e da violência urbana, agravam-se, sem soluções. Cabe a vocês, deputados e senadores a partida para um novo tempo. Aliás, uma pergunta: quantos parlamentares ligados ao Direito compõem o atual parlamento? Sim, porque banqueiro, fazendeiro, aventureiro, doleiro, artista de todas as artes, interesseiro no bom e fácil rendimento que um deputado recebe, sabemos que aí tem, e muito! É tempo de moralização, senhores! Os Magnos Maltas, os Paulos Pains, os Cristóvaos Buarques aparecem de vez em quando, empunhando a bandeira de luta séria, a favor do povo. Mas são poucos, em comparação aos Demóstenes Torres, que aí estão para louvar o corporativismo. O que é uma lástima para o Brasil.