"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA, ADEUS!

      Foi a vitória do obvio: o melhor time, aquele que treinou junto por anos buscando a perfeição, foi recompensado no templo do futebol mundial, o Maracanã. É claro que num embate final, a Argentina poderia também ter chegado lá e nós, como sul-americanos, a despeito da rivalidade boba existente entre Brasil e Argentina, no fundo, no fundo, ficaríamos felizes por termos um vizinho como campeão do mundo, já que para nós não deu. Da mesma forma, o México também nos alegraria se chegasse lá, pela nossa amizade e pelo futebol que tem apresentado atualmente. Mas, venceu a Alemanha. Foi a consagração do obvio.
         Antes de voltarmos ao nosso dia a dia, seria interessante recordarmos as atitudes positivas dos participantes do torneio, coisas que poderíamos perfeitamente copiar no nosso cotidiano. Por exemplo, os japoneses limpando os estádios após as partidas envolvendo o seu time. Para um povo que ainda joga restos de comida e latas de refrigerante pelas estradas, é um belo exemplo que poderíamos copiar.
       Outro ato belíssimo de fraternidade e de agradecimento foi o dos  alemães comemorando o título, imitando, em pleno estádio, a dança dos pataxós, de Santa Cruz Cabrália, com a taça colocada no centro do gramado e eles dançando em volta. Não se esqueceram da hospitalidade recebida dos moradores daquela região baiana durante o torneio.
         Se a dança dos “pataxós alemães” para celebrar a vitória, emocionou a todos como algo positivo, o mesmo não se pode dizer da atitude fora da lei dos cambistas internacionais, alguns bem próximos da FIFA, ladrões profissionais tirando proveito da ocasião. E nós brasileiros, a nossa Justiça, como de costume, prendemos os pretos e os menos importantes na hierarquia da quadrilha. Já o influente Ray, “brancão, inglezão”, teve a fuga facilitada e advogado à sua disposição. Coisas do Brasil! Lugar onde políticos reconhecidamente corruptos vivem alegres e felizes, não sendo ao menos processados como na França, por exemplo. Tampouco imploram perdão em público por seus crimes, como em países orientais.
     Está claro que numa competição grandiosa como esta, curiosidades e situações inusitadas aconteceriam a toda hora, e nós nos surpreendemos sempre. Uma das coisas que mais chamou a atenção na Copa foi a “invasão” por terra dos nossoshermanos  argentinos. Com seus carros, barracas, famílias e apetrechos a bordo, eles, depois de outras lugares, aportaram no Rio, lotando o Sambódromo, o Terreirão do Samba e adjacências, para apoiar à seleção, na busca do título. Assim, os torcedores, cada um com seus costumes, foram deixando suas marcas por onde passavam pelo nosso país, da mesma forma como ficaram conhecendo os nossos costumes. Daqui, eles, além da famosa caipirinha, eles também se empolgaram com o pão de queijo e com a farofa, que a princípio, alguns chegaram a confundir com areia! Nessa inesquecível confraternização, muitos turistas, argentinos principalmente, economizaram um bom dinheiro fazendo as suas refeições a 1 real, no Restaurante Popular, da Central do Brasil.
         O placar para esta fantástica festa popular, em que o povo brasileiro teve a oportunidade de repartir com povos do mundo inteiro, foi de 10 para a hospitalidade e simpatia do nosso povo (já demonstradas antes na Jornada Mundial da Juventude) e 0 para os resquícios de arrogância demonstrados por alguns dos chefões da festa, entre eles, o poderoso Felipão, que não reconheceu seus erros; além dos erros, foi deselegante com jornalistas e mandou quem não estivesse gostando (o povo!) pro inferno!
         E, do erro do Felipão e equipe (Alemanha 7 x 1 Brasil) a nossa mais sofrida constatação foi de que, o gol sofrido por Barbosa na copa de 1950, não era motivo para cobrança tão implacável e humilhante em cima de um excelente e dedicado goleiro como ele.  

        O resto é a certeza de que agora depois de 1 mês repleto de alegrias, sonhos, vitórias; mas, também, de emoções, lágrimas e tristezas, a vida, para nós brasileiros, retorna ao seu ritmo normal.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

NÃO ERA PARA EU ESTAR ASSIM...

        Não. Não era para eu estar assim. Cabisbaixo, apreensivo... Afinal, é o mundo todo que nos visita. Delegações e mais delegações aqui chegam a toda hora, para participar de um campeonato, na expectativa de encontrar a boa acolhida e o bom humor brasileiro. Características nossas que se acham tão em baixa, atualmente, diante da maneira como estão sendo realizados os preparativos para a Copa, no Brasil.
         A primeira Copa do Mundo que eu me lembro de ter acompanhado, foi a de 1958. Eu, garoto, torcendo, junto à família, pelo rádio! A televisão ainda não havia chegado a Mossoró e as emoções vinham não tão límpidas ou transparentes através das ondas do rádio, de um país chamado Suécia, que a gente imaginava ser no fim do mundo, sem imaginar as facilidade que teríamos um dia... Só depois, através dos jornais e da revista O Cruzeiro é que ficamos sabendo de todos os detalhes da vitoriosa campanha. Havia uma música que dizia: “Didi, Pelé, Vavá, bailaram lá na Europa, e a Copa vem pra cá!”... Depois da vitória e do famoso gesto de Bellini, erguendo a taça, o país virou uma grande festa!
         Em 1962, ainda embalados pela festa de 58, fizemos bonito em Santiago, do Chile, e, trouxemos o bicampeonato, com a magistral atuação de Garrincha e a bonita façanha de Amarildo, que teve de substituir Pelé, machucado. A seleção foi recebida com muita festa. Com desfile em carro de bombeiros, puxando um carnaval improvisado pela população. Em1966 não tivemos a mesma sorte.
         Já em 1970, no México, a coisa foi ainda mais empolgante com a conquista do Tri. Teve o capitão Carlos Alberto erguendo a taça. Desfile em carro de bombeiro, carnaval na Avenida Rio Branco. Uma festa fantástica para comemorar o terceiro campeonato. De lá para cá, a coisa mudou um pouco para este torcedor: vieram o casamento, os filhos, as responsabilidades aumentaram... Ao lado da alegria das conquistas futebolísticas, fui compreendendo que a vida era também composta de lutas, de cansaços, de decepções, de stress, de frustrações, e, senti que patriotismo não é nada do que Nelson Rodrigues cunhou nas suas crônicas esportivas... Torcer, sim. Mas há coisas mais importantes!
         2014. De novo, mais uma Copa do Mundo. Desta vez, no Brasil. Com todo o problema decorrente da desorganização e da corrupção já tão discutidos na mídia por uma população sofrida que ama o esporte mas não goza dos mesmos privilégios concedidos à FIFA. Porém, precisamos ser cordiais com as seleções e torcedores dos países que nos visitam. Eles não tem culpa dos nossos problemas. Os nossos governantes, sim! É a eles que temos que voltar a reclamar ao final da Copa. Ganhe quem ganhar!... Porque, Pátria é a dignidade de um povo, é a sua a soberania e não o que a mídia, por interesse financeiro, costuma ensinar...  

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A MAIOR REPORTAGEM

Livro escrito a quatro mãos pelo escritor José Gurgel dos Santos e pela jornalista Lysa Castro. Uma biografia sobre a Jornalista.


sexta-feira, 2 de maio de 2014

EU GOSTARIA MUITO...

Eu, cidadão brasileiro, nordestino, gostaria muito de chegar à terceira idade num país sério, moderno, sem violência, com saúde, educação e políticos respeitáveis, capacitados, que entendessem que o compromisso primordial do homem público é com o povo e que não quisessem implantar aqui táticas de ideologias ultrapassadas que no fim das contas visam apenas amordaçar o povo e enriquecer (não importando de que maneira!) o grupo que se instalou no poder; que esses “representantes do povo” não encarassem a nação como uma imensa mina de ouro que conseguiram para si e para seus parentes, afilhados, partidários dos mesmos ideais e, que entendessem que, se um dia chegaram ao poder foi graças ao povo. Portanto, o seu compromisso primordial deveria ser com o povo...
Eu, que trabalhei honestamente, pagando a Previdência, gostaria muito de ter a minha aposentadoria sempre atualizada, para arcar com despesas médicas e ajudar os filhos. Fala-se muito de bolsa “isso”, bolsa “aquilo”, sempre bem reajustadas. Não importando se o beneficiário trabalhou e pagou a Previdência. Já quem cumpriu com seus benefícios previdenciários  sente na pele, ano após ano, o achatamento do benefício. E, o governo ainda oferece o “bendito” Empréstimo Consignado que corrói ainda mais, e por longos anos o combalido benefício. Mais que as tais “bolsas”, ele ajudaria mais criando empregos que levassem o ser humano a ter sustento honesto para criar seus filhos. Sei que a Informatização desemprega. E, muito. Mas, o governo, com tantos Ministérios, tinha que ter capacidade para buscar solução para o problema, e não largar tantos jovens desempregados transformando-se em vagabundos, pelo país a fora.
  Gostaria muito de ver em atividade no meu país, o famoso trem-bala. A megalomania leva o governo a sonhos delirantes, por vezes desastrosos, relegando a segundo plano temas essenciais como segurança, educação e saúde, transporte. Veja o exemplo da usina de Pasadena nos EUA, os magníficos estádios de futebol, ou a transposição do Rio São Francisco, onde a corrupção e o mau planejamento estão levando a enormes prejuízos e a uma dívida impagável. Enquanto o transporte ferroviário no país é transformado em sucata, o trem-bala fica apenas no papel. Tudo por conta da indústria automobilística que a cada dia nos sufoca mais. Provavelmente não viajarei mais ao nordeste por terra, já que a viagem tornou-se perigosa. O sonho da viagem por trem-bala, pelo visto, ficará somente no sonho.
  Pois é, cheguei à terceira idade e nada das realizações esperadas. Sei que muitos dos projetos não verei solucionados. Pela incompetência, pelo delírio, ou pela corrupção que norteiam o governo. No entanto, como brasileiro, que não desiste nunca, continuo aguardando. Lutando para que meus filhos e netos possam um dia vê-los realizados, “para o bem de todos e felicidade geral da Nação”. 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

BRASIL: "EU NÃO MEREÇO!!!"

       A morte do ator, diretor e dramaturgo José Wilker, um ser humano  reconhecido por todos pela sua dedicação à arte de representar, através de estudo constante e do trabalho dedicado ao cinema, teatro e televisão durante a sua vida, me levou – além de almejar para a sua alma um lugar de destaque entre os bons, os justos e os honestos que já partiram para outro plano – me levou, repito, a uma comparação que ele, como crítico de cinema sério, certamente, não gostaria de fazer: a comparação do consagrado ator, consciente da sua formação, com o amadorismo “fajuto” de políticos que, julgam que os seus interesses se sobrepõem aos da Nação.
       Esses senhores e essas senhoras deveriam fazer testes para o elenco da Globo, pois é incrível o que eles tem feito na Câmara e no Senado para ajudar o governo a tentar  sair de um iminente desastre. Causam incríveis perplexidades as suas interpretações para peças literárias cuidadosamente preparadas para eles interpretarem. Tem ex sindicalista, mulher de ator, membros de tradicional família paulista, os que fizeram teatro na juventude e confundem a realidade atual com a sua ambição, senadora que, de tão bela, deveria ser modelo, todos a seu modo fazendo caras e bocas, tentando salvar o que não tem remédio. E, esperneiam, gritam, tentam manter a arrogância do seu partido que hoje dirige o país de modo prepotente, a todo custo. Como se os seus interesses prevalecessem sobre os interesses dos cidadãos que os elegeram e fazem incríveis pronunciamentos, onde tudo é possível, desde que seja para evitar que a PETROBRÁS seja investigada numa CPI. E, é aí que entram as  interpretações “preciosas”: patéticas, quilométricas, quase indo as lágrimas...
       Pacientemente, o cidadão comum tratado pelo governo como débil mental (que lhe oferece esmolas e lhe tira a aposentadoria, a saúde, a segurança e os filhos, mortos por uma violência que não tem limites!) aguarda soluções para que o país possa sair do buraco em que o colocaram, e possa dar vida decente para a sua família. Ele é um expectador privilegiado que, nos dias de hoje, assiste sem sair de casa a dramas e comédias políticas. Basta ligar a televisão nos canais TV Câmara ou TV Senado. E, não se trata de risos provocados apenas pelo deputado palhaço, que é profissional do circo onde a regra é fazer rir ou chorar. Infelizmente, uma grande parte dos deputados e senadores, faz, como sempre fez, o jogo do governo. Não importando se a ideologia do poder combina com a sua, ou se seus correligionários padecem das suas ações interesseiras ou corruptas.
       Como na propaganda em que a modelo diz: “Eu não mereço ser estuprada”, eu tenho a certeza de que se o Brasil pudesse ir para a televisão fazer propaganda a seu favor, certamente diria: “EU NÃO MEREÇO PASSAR PELA VERGONHA INTERNACIONAL QUE ESTOU PASSANDO: COM TANTAS DÁDIVAS QUE ME FORAM CONCEDIDAS E TÃO MAL ADMINISTRADAS ATUALMENTE. SOCORRO!”

segunda-feira, 24 de março de 2014

PASSADENA, PASSA, DILMA!

Tão bom seria se pudéssemos adotar no Brasil, o sistema de alarme existente em caldeiras e outras máquinas que denuncia quando a coisa fica desgovernada, insuportável. Neste caso, nós – antes que o pior aconteça –  desligamos, e trocamos a peça que não está funcionando corretamente... Eu, como cidadão brasileiro, sem ficha suja, e pagador honestamente dos meus impostos, um dia, acreditei, apoiei e votei num partido, onde muitos membros haviam lutado contra a DITADURA MILITAR (por isso, julgava merecedor de crédito) e depois foi contra o governo que partidário do  neoliberalismo, negociava nossas empresas, construídas a custa de muito suor e patriotismo.


         PASSADENA,


         PASSA, DILMA!


Depois da chegada ao poder do PT, com a promessa de construir uma grande, poderosa e democrática nação, contrariando as palavras dos seus líderes, passamos a assistir a um desmando nunca antes presenciado. Ao invés da nação dos sonhos, sem nenhum problemas de: saúde, médico, educacional, segurança, econômico ou político, o que se viu, foi um  descontrole total de administração ou planejamento, onde a única coisa que prevalecia era a arrogância. A política deles era “jogar barro nas paredes”, a tal história: “se colar, colou”: para o Social, por exemplo,  o partido adotou a política de esmolas da “bolsas isso”, “bolsa aquilo”, como se o povo não precisasse de trabalho digno... Para a Saúde, (estava na hora de retribuir algumas lições ensinadas pelos camaradas Fidel e Raul), contrataram médicos cubanos, que deixam quase todo o salário em Cuba. De quebra, ainda presentearam os cubanos com um porto na Ilha...  Na Educação, para quem se vangloriou por ter chegado à presidência com tão pouco estudo, nada mais natural do que ver brasileiros sendo conduzidos de maneira degradante (ônibus caindo os pedaços, carrocerias de caminhões, carroças de burro, etc) por estradas degradantes para escolas, em locais ainda mais degradantes... Para a Segurança, o sistema escolhido foi o da sexóloga, bem simples e prático – o famoso “relaxa e goza” – afinal não são parentes deles que são estupradas ou mortas, voltando para casa, enquanto suas famílias, mesmo reclusas em seus lares, ainda sofrem ameaças...


         PASSADENA,


         PASSA, DILMA!


Pobre país, esse nosso! De gestores tão corruptos. Que nos leva a pensar que todos os políticos são iguais. Que todos tem o seu preço. Mas, será? Nós sabemos que não. Acorda gente! Mas, vocês estão agindo como se o mundo acabasse amanhã e, na festa da corrupção, precisasse tirar o máximo de proveito. Além disso o seu péssimo exemplo acaba sendo copiado por governantes de estados e municípios. Acontece que vocês estão aí de passagem e o Brasil não é propriedade de vocês! Na verdade, a escassez de honradez e patriotismo é grande, e programas televisivos do tipo “Big Brother”, “Casa dos Artistas” e “A fazenda” endeusam vagabundos e idolatram quem não quer nada com estudos nem com o trabalho, muito menos com o futuro do país. Diante da situação como esta que estamos vivendo, fica difícil se esperar alguma coisa positiva a curto prazo para a nação: A colocação duvidosa de ministros da justiça é feita para garantir os votos necessários para a boa vida dos processados... o congresso comprometido engaveta projetos importantes como o da maioridade, e deixa crianças e adolescentes a mercê do crime...  e, o chefe, ao que tudo indica, continua solto...


         PASSADENA,


         PASSA, DILMA!


Negócios espúrios, envolvendo suspeitas de propinas milionárias, e enormes prejuízos para os cofres do governo e sucateamento daquela que era um dos símbolos da grandeza do país... Tudo isto nos leva a crer que o atual partido que nos governa foi muito além na sua atividade corrupta. Há um ditado que diz: “Quem não tem competência, não se estabelece”. Não basta ter “ideais”, ter ambições, nem querer se enriquecer a custa do contribuinte, cientes da impunidade que sempre imperou por aqui. O que os partidários do PT estão fazendo com país é crime consciente, doloso, hediondo, merecedores de pena máxima, não podendo portanto ficar impunes. Temos a obrigação de zelar pelo futuro das nossas crianças, da nossa sociedade, da nossa Pátria! 


         PASSADENA,


         PASSA, DILMA!!!