Eu, cidadão brasileiro, nordestino, gostaria muito de chegar à terceira idade num país sério, moderno, sem violência, com saúde, educação e políticos respeitáveis, capacitados, que entendessem que o compromisso primordial do homem público é com o povo e que não quisessem implantar aqui táticas de ideologias ultrapassadas que no fim das contas visam apenas amordaçar o povo e enriquecer (não importando de que maneira!) o grupo que se instalou no poder; que esses “representantes do povo” não encarassem a nação como uma imensa mina de ouro que conseguiram para si e para seus parentes, afilhados, partidários dos mesmos ideais e, que entendessem que, se um dia chegaram ao poder foi graças ao povo. Portanto, o seu compromisso primordial deveria ser com o povo...
Eu, que trabalhei honestamente, pagando a Previdência, gostaria muito de ter a minha aposentadoria sempre atualizada, para arcar com despesas médicas e ajudar os filhos. Fala-se muito de bolsa “isso”, bolsa “aquilo”, sempre bem reajustadas. Não importando se o beneficiário trabalhou e pagou a Previdência. Já quem cumpriu com seus benefícios previdenciários sente na pele, ano após ano, o achatamento do benefício. E, o governo ainda oferece o “bendito” Empréstimo Consignado que corrói ainda mais, e por longos anos o combalido benefício. Mais que as tais “bolsas”, ele ajudaria mais criando empregos que levassem o ser humano a ter sustento honesto para criar seus filhos. Sei que a Informatização desemprega. E, muito. Mas, o governo, com tantos Ministérios, tinha que ter capacidade para buscar solução para o problema, e não largar tantos jovens desempregados transformando-se em vagabundos, pelo país a fora.
Gostaria muito de ver em atividade no meu país, o famoso trem-bala. A megalomania leva o governo a sonhos delirantes, por vezes desastrosos, relegando a segundo plano temas essenciais como segurança, educação e saúde, transporte. Veja o exemplo da usina de Pasadena nos EUA, os magníficos estádios de futebol, ou a transposição do Rio São Francisco, onde a corrupção e o mau planejamento estão levando a enormes prejuízos e a uma dívida impagável. Enquanto o transporte ferroviário no país é transformado em sucata, o trem-bala fica apenas no papel. Tudo por conta da indústria automobilística que a cada dia nos sufoca mais. Provavelmente não viajarei mais ao nordeste por terra, já que a viagem tornou-se perigosa. O sonho da viagem por trem-bala, pelo visto, ficará somente no sonho.
Pois é, cheguei à terceira idade e nada das realizações esperadas. Sei que muitos dos projetos não verei solucionados. Pela incompetência, pelo delírio, ou pela corrupção que norteiam o governo. No entanto, como brasileiro, que não desiste nunca, continuo aguardando. Lutando para que meus filhos e netos possam um dia vê-los realizados, “para o bem de todos e felicidade geral da Nação”.
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