"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

AS IMAGENS (Outra fotocrônica)

Diz o ditado que “Uma imagem vale mais do que mil palavras”. Então, se da minha recente viagem ao Nordeste nem tudo consegui captar fotograficamente, ao menos, alguns dos fatos mais marcantes que consegui, gostaria de lhes mostrar. As imagens feitas, a princípio com uma velha Kodak, ganharam mais qualidade, (graças ao mano Tarcísio!), quando passaram geradas a partir de uma digital. Vamos então conferir algumas imagens da viagem?...



Foto 01. Primeira parte da viagem. No ônibus, rumo a Natal.




Foto 02. Em Natal, reunião familiar, com os manos Tarcísio e Dodora, e a cunhada Ione.




Foto 03. Em Mossoró com Caby, criador do “azougue.com”, blog fantástico que consegue revelar a essência da cidade.



Foto 04. Igreja de São Vicente onde a cidade resistiu ao bando de Lampião e onde o espetáculo “Chuva de balas” é encenado anualmente.




Foto 05. Teresina é linda e o palácio do governo, um cartão postal.



Foto 06. O filho Rodrigo e a nora Lúcia, pais de uma jóia chamada Leonardo.



Foto 07. E, aí está ele, pleno de saúde e de beleza. Que Deus o abençoe!



Foto 08. O SALIPI – Salão do Livro do Piauí uma grande festa literária que a cidade realiza anualmente.



Foto 09. Autografando um dos meus livros para uma jovem leitora.





Foto 10. Na tenda de bate papo, com o professor Luiz Romero, um dos organizadores do evento.



Foto 11. Com Assis Brasil, escritor piauiense, ícone da literatura brasileira.



Foto 12. Hora do retornar. As mais de 40 horas da viagem de ônibus nos leva a um relacionamento fraterno, alegre, cúmplice.


E, com a chegada, a rotina nos dá boas vindas...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

TERESINA, DUAS EMOÇÕES

Conhecer meu neto era o objetivo maior da minha viagem ao Nordeste, em maio deste ano. Quando cheguei a Teresina, como um rei mago que viera de longe para adorar o Rei de todos, não encontrei a criança envolta em auréolas, num ambiente resplandecente, mas dormindo seu sono inocente no silêncio, na penumbra do seu quarto. Seus dois meses de vida, o medo de machucar tão frágil criatura, não me permitiram pegá-lo no colo de imediato. Com quase uma semana de contatos superficiais, num dia em que ele chorava bastante, consegui retirá-lo do berço, sentir o seu arroto retido e sua golfada aliviadora. Depois, acomodado sobre o meu peito, ele dormiu um sono tranqüilo por um bom tempo. Naquela hora, superados os receios e com a camisa suja da sua golfada, eu pude enfim conhecer o verdadeiro significado da palavra Avô.

Amante das letras, também estava reservada para mim, em Teresina, outra grande emoção: a minha participação no SALIPI, na capital piauiense. Minhas atividades culturais em Natal e em Mossoró não foram tão grandes. Em Mossoró, visitei jornais, amigos, participei de lançamentos e comprei livros. Mas, devido à coincidência de datas não pude ficar para ver o “Chuva de balas no país de Mossoró”, cujo texto é de autoria do mano Tarcísio. Felizmente, o interesse da mídia (leia-se Jornal Hoje, da Globo) pelos festejos juninos no Nordeste, que este ano chegou a Mossoró e os recursos da Internet permitiram que, na minha volta, e em meio aos jogos da Copa do Mundo, eu assistisse ao grande evento artístico realizado na cidade, que celebra a resistência do povo mossoroense ao bando de Lampião.

O 8° Salão do Livro do Piauí – SALIPI -, não foi para mim apenas uma grande festa, mas um dos grandes acontecimentos da minha vivência literária. Apesar de não estar relacionado como atração da belíssima festa, me envolvi de tal maneira com o espírito da feira, participando de conferências e debates -, que só tenho a agradecer aos seus organizadores (Luiz Romero, Jasmine Malta, Feliciano Bezerra, Wellington Soares e Cineas Santos), bem como à secretária da Fundação Quixote, Lana, e demais colaboradores, que me abriram as portas do evento, permitindo inclusive que lá autografasse os meus livros.

De prestígio nacional (ver matéria na revista CULT de maio), a feira deste ano foi um êxito total, o que vem compensar a luta ferrenha dos seus organizadores. Com um vasto programa que incluía nomes como Afonso Romano de Santana e Marina Colassanti; contando com a participação do consagrado autor piauiense Assis Brasil, autor de mais de 100 títulos, entre os quais “Beira rio, beira vida” e “Os que bebem como cães” (que na ocasião proferiu palestra sobre a criação literária); a feira de Teresina que não é bienal, como as que conhecemos em outras regiões brasileiras, mas sim “anual” e está na sua 8ª edição, viveu durante uma semana, dias intensos e fascinantes de literatura, principalmente para os alunos pequeninos e barulhentos que, com suas professoras, percorriam enfileirados e com grande curiosidade as alas e os stands da feira.

Foi a minha nora Lúcia quem me alertou para a realização da grande festa das letras do Piauí, quando lhe falei da viagem para conhecer o meu neto: “Venha no início de junho que o senhor aproveita para assistir ao SALIPI”. Foi o que aconteceu. E não me arrependi. Ao contrário, sou-lhe muito grato pelas duas grandes emoções por mim vividas em Teresina.

Prometo marcar presença no ano que vem. Para comemorar o 1º aniversário do Leonardo e para participar do 9ª SALIPI. Se Deus permitir!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MEU CUNHADO EPAMINONDAS

Meu cunhado Epaminondas chegou aos 80 anos e, apesar do mal de Parkinson, mantém a serenidade que sempre o acompanhou ao longo dos anos, aliada a um espírito atuante, idealista, capaz de se inflamar quando instigado. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, banco que levava legiões de brasileiros a se prepararem para seus concursos, verdadeiros vestibulares, com a diferença de que o pretendente a uma vaga não tinha direito de escolha da agência para tomar posse, como o vestibulando escolhe a faculdade para cursar. Com muito esforço e dedicação ao banco, ele construiu aos poucos um respeitável patrimônio que garantiu conforto à família, e boa educação aos filhos. Esse potiguar de Angicos, além da carreira profissional que viveu, manteve-se sempre atualizado, através dos livros, revistas semanais, enciclopédias, discos, fitas, CDs, etc., trazendo para dentro de casa o melhor da cultura publicada no país.

Eu ainda era garoto quando ele conheceu a minha irmã Dodora em Mossoró, por quem se interessou... Obedecendo ao costume da época, namorou, noivou, para só depois casar. Preso ao seu compromisso profissional ele, só depois de aposentado, resolveu trazer à tona a sua veia poética que, entre o humorístico e o social, descreve de maneira singela algumas situações e emoções sentidas, no passado, principalmente.

É bem interessante a maneira como ele expressa o seu primeiro encontro com a mana Dodora: “Conheci uma garota/ numa praça em Mossoró/ com rabinho-de-cavalo/ bonita como ela só./ Com jeitinho inocente/ e astúcia de serpente/ fisgou este (feliz) brocoió./ Logo dois anos depois/ lua-de-mel em Fortaleza/ tudo era sonho e magia/ muita felicidade – que beleza!/ Não tenho de que reclamar/ nosso destino é amar/ hoje e sempre, com certeza!/ Quando casei com você/ não existia computador/ fui movido, pode crer/ somente pelo amor./ Para felicidade e prazer/ Padre Humberto abençoou...” Não fosse a dedicação integral, o amor devotado ao banco, sobrasse um pouquinho mais de tempo para a arte de Bilac, Bandeira, Drummond e Quintana, certamente um maior número de poemas interessantes conheceríamos dele.

Outra coisa. Em conversa informal que tivemos dia desses, ele me contou que gostaria de também mexer na nossa Gramática: “Não é de hoje que penso no assunto. Começou quando os filhos recorriam a mim, para tirar suas dúvidas de português. E elas foram tantas, que a coisa cresceu. Hoje, se houvesse interesse de alguma editora, eu levaria à frente o meu projeto de reforma da gramática."

Bom, esse é o meu cunhado Epaminondas. Uma daquelas pessoas que chamam a atenção pela simplicidade, e que a gente não imagina do que são capazes de produzir e de criar. Saúde, cunhado, e boa sorte!

terça-feira, 15 de junho de 2010

NORDESTE A 40 HORAS

Depois de um mês de férias pelo Nordeste para visitar familiares e conhecer o mais novo membro da família (o meu neto piauiense, Leonardo), estou de volta para dividir com os amigos leitores o que foi esse mês de viagem a Natal e Mossoró, no Rio Grande do Norte, e a Teresina, no Piauí. As pessoas se assustam quando eu falo que viajo quarenta horas de ônibus galgando esse imenso país como se fora um longo carinho no corpo da pessoa amada... é assim que me sinto quando viajo por terra, pelo Brasil: aflora em mim sentimentos de amor, pátria, chão, gente simples, garra, aspiração, desejos... Essa viagem que se findou no último dia 10, mais uma vez, apesar dos apelos familiares para que viajasse de avião, não abri mão de fazê-la por terra... e não me arrependi, tantos são os sons, as visões, as cores com que nos deparamos a cada instante, em cada lugar alcançado. É bem verdade que os cheiros da Mãe Natureza ficaram um tanto prejudicados com os ônibus “executivos”. Bom mesmo era abrir a janela madrugadinha e sentir o cheiro das plantas orvalhadas que ladeiam a rodovia.

Claro que imprevistos acontecem. Na viagem de ida, antes da primeira parada em Vitória, sofri um bocado com o frio no interior do veículo. Para não incomodar os passageiros, permaneci na minha poltrona no meio do ônibus sofrendo com uma temperatura de 20 graus, já que não havia mais mantas em cada poltrona que aqueciam os passageiros. Depois de buscar agasalhos nas malas e tomar um descongestionante para aliviar a rinite, tive a resposta do motorista para o fim das mantas no veículo:

- Elas foram sendo levadas, levadas, como se os passageiros pensassem: “faz parte do pacote da passagem!” Como não houve reposição, os mais desavisados sofrem...

Como falei acima o asfalto está “um tapete”, como deveriam ser todas as rodovias do país, não apenas as principais. Afinal, todos pagam seus impostos e carecem de um mínimo de conforto, longe da poeira e dos atoleiros... Bom, depois de 40 horas de uma viagem que cortou os estados do Espírito Santo, da Bahia (que consome quase um dia inteiro!), Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, chego a Natal e sou recebido pelo mano Tarcísio, que deu uma pausa nos seus afazeres literários para me buscar na rodoviária de Natal. A alegria pelo reencontro, as novidades relatadas no trajeto rumo à sua casa, os empreendimentos imobiliários que surgem de todos os lados nesta dinâmica Natal, tudo contribuiu para encurtar o trajeto e logo chegávamos à casa.

O cheirinho da boa comida regional já foi sentido na entrada. E, a surpresa preparada pela cunhada Ione, foi “uma covardia”: carne de sol como carro chefe, acompanhado da passoca, do arroz de leite, e do suco de mangaba. Ave Maria!... diante de tanta maravilha gastronômica há tanto tempo privado, nem sentia mais a reclamação da coluna por tantas horas sentado no ônibus. Mas, aquela deliciosa recepção tinha hora marcada. É que a mana Dodora nos aguardava... fazia questão que eu ficasse na sua casa. Firme, não abria mão de me hospedar, segundo Tarcisio. O que ela confirmou na minha presença:

- O combinado foi o seguinte: Rodoviária e passeios pela cidade, é por conta dele. Estadia, é comigo! (Dodora, a mãezona acostumada com tantos filhos e netos estende aos irmãos distantes a tarefa do acolhimento na capital potiguar.) E concluiu: Já está tudo resolvido. Vai ficar no quarto do Ricardo. Preparei tudo!

É. Trato é trato, e assim foi feito entre eles. Eu apenas concordei com tanta cordialidade.

domingo, 9 de maio de 2010

ORGULHO MOSSOROENSE

(endereçado ao blog Azougue.com em 07.04.10)

Amigo Cabi, acho que você exagerou um pouco ao se referir à minha pessoa no seu fantástico blog “Azougue.com”, me colocando em destaque por um bom período na página principal do mesmo. Por que penso assim? Porque, para mim, orgulho de um lugar é o operário, na sua árdua luta diária, construindo o progresso; o microempresário, na busca incansável para levar adiante um projeto; o estudante que se esforça e se forma (aí, agora, são inúmeras as oportunidades!); a mestra, que envelhece educando; os médicos que honram o seu juramento; o policial, que garante a segurança; aqueles que persistem na sua labuta diária, reclamando da batalha sob o calor intenso, mas que é compensada, quando à noitinha a brisa refrescante vem farfalhar os carnaubais...

Além do mais, já caminha para 40 anos o tempo que deixei a cidade. De lá para cá, apenas visitas periódicas. Da família do S. Juvenal e de D. Dalila, apenas o casarão, que vai se transformando em comércio, obedecendo à ordem econômica. Cadê as noites tranqüilas, as moças desfilando pela calçada, dobrando a Coronel Gurgel, em direção ao Pax, ao Caiçara, à Churrascaria “O Sujeito”; Cadê a Padaria da Meira e Sá, onde eu e Ninha ajudávamos o pai no fabrico e na venda do pão? Cadê os cantadores na pedra do Mercado? Cadê os carroceiros, as lavadeiras equilibrando grandes trouxas na cabeça? Cadê os melancólicos enterros com o fundo musical do sino da catedral, se arrastando pela Augusto Severo, até o cemitério? O que foi feito, meu amigo, da praça do Pax, onde nos reuníamos e assistíamos a filmes épicos (contrastando com os Fellinis, exibidos no Caiçara)? Cadê Luiz dos jornais, jornais vendidos sempre à noitinha em frente ao cinema? Para onde foram a sorveteria, a sinuca do bar Suez, as danças na churrascaria? O bucólico do rio que cortava uma Mossoró singela, na maioria das vezes quase seco, mas que conseguia o magnetismo de refletir a lua cheia. Os namoros vigiados, cobrados, talvez por isso até mais apaixonantes? No final da noite, eu busco e não encontro mais a zona do meretrício... Dos amigos, os que comigo formavam o quarteto de papo, cerveja e sinuca, Cizinho, Paulo e Berício, já partiram para o andar de cima e estão na boa companhia do Senhor. Ninguém, amigo, consegue deter a marcha do progresso!

Esse que você dá destaque como “Orgulho mossoroense”, deixou Mossoró em 1965, em busca de oportunidades no Rio de Janeiro: queria fazer Medicina. Nas ilusões juvenis, enfrentou difíceis vestibulares, o restaurante Calabouço, a polícia da ditadura, a dureza da vida. Passou para a Embratel (que iniciava suas operações e era orgulho nacional!) Casou-se. Constituiu família. E o velho sonho de voltar médico (não mais para fazer curativos na operação de Tio Altamiro, mas para realizar as suas próprias operações!) se desfez. Quando me descobri, os anos haviam passado e eu estava radicado no “sul maravilha”, como se falava antigamente. No meu livro “Nativo” sou um tanto radical ao dizer: “Não sou mossoroense... Não sou carioca... não sou campista... não tenho naturalidade... tenho nacionalidade: sou Brasileiro!” Porque imenso é o meu amor por esta Pátria, que precisará cada dia mais, de cada um de nós... Como tal, procuro fazer a minha parte como pai de família (agora avô!) e, desde a doença da mulher, escrevo crônicas, dentro do que julgo ser mais coerente.

Agora, amigo Caby... orgulho por orgulho, apesar de tudo o que eu falei, fique sabendo que: estar no seu blog, é um “orgulho danado”!



Em tempo: Nesses breves dias, estarei novamente em Mossoró, para mais uma visita familiar.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

ANIVERSÁRIOS

Há pessoas que não ligam para a data do aniversário. Para elas, um abraço de parabéns, uma lembrancinha dos mais próximos; um telefonema de alguém mais distante é o suficiente. Eu sou desse time. Para outras, não. A festa é imprescindível. Ivoneide joga nesse. Tudo concorre para a celebração. Que pode ser simples, com um bolinho e refrigerante, para se cantar parabéns, mesmo com um reduzido numero de participantes, ou uma grande festa, como a que a mesma organizou para comemorar os meus 60 anos. Uma festa linda, marcante, com a presença de grande número de amigos, no Café Literário.

Outro que faz parte do segundo bloco (o dos festeiros) é Adriano. Conheci Adriano quando participamos, juntamente com meia dúzia de outros idosos, do curso de informática para adultos do CCAG. Semana passada encontrei-me com ele no supermercado Walmart. Estava ao lado da esposa, empurrando dois carrinhos abarrotados de produtos para festa, principalmente latinhas de cerveja, e, conversador como todo bom carioca, ao me ver foi logo disparando:

- Não vai furar, não, hein! Olhe aqui, a aniversariante... (e me apresentou a sua esposa que, bastante simpática, também reforçou o convite). Ele insistia:

- Você vai, não vai? Para você, “campista” há mais tempo do que eu, chegar lá não vai ser nenhuma dificuldade. É simples: pega a 28 de Março, e... (gastou um tempinho para explicar o itinerário. Eu ouvindo tudo atento). Depois, continuou:

- Bota uma camisa da seleção e chega lá, por volta das oito. Vai ser um barato! No início a coisa é mais “light”... Tem a dança da criançada. Tem dança de salão. Quando a coisa já estiver esquentando, lá pela meia-noite, o sambão entra pra valer. Vira Carnaval! Escola de Samba! Você sabe, nós que viemos do Rio de Janeiro, festejamos mesmo é com samba: com batucada, cantoria, apito, gongozela, o escambau.

- E os vizinhos?... ponderei eu.

- Ah... Os vizinhos gostam... participam. Não temos problema. Nem de som, nem de hora...

Como estava com pouca mercadoria, me dirigi a outro caixa que me liberasse mais rápido. Antes de sair, desejei um feliz aniversário à sua esposa, e uma ótima festa para o “festeiro” Adriano. E, vim para casa imaginando a cena: o som da batucada misturado ao barulho estridente das gongozelas, no silêncio da noite campista, fazendo “bombar” pelos ares, a incrível festa do Adriano.

- Pode deixar, companheiro, que farei tudo para comparecer!

Isso foi semana passada. Agora vou ligar pro meu amigo, para saber como transcorreu o aniversário da sua esposa. Arranjando, logicamente, uma desculpa sensata pelo meu não comparecimento.