Se você neste final de 2010 vai saudar alguém mandando cartão, e-mail ou, na última hora, utiliza-se do telefone, preste atenção: caso se dirija àqueles velhos parentes, muitos já aposentados, ou àqueles trabalhadores que suam a camisa o mês inteiro para garantir um salário digno; ou os que na incerteza do serviço informal, vive entre o suor e a ameaça de ver confiscado todo o seu material de trabalho, de uma hora para outra; parentes ou conhecidos nossos que fazem malabarismo para sustentar suas famílias (o comando, muitas vezes, nas mãos de uma mulher); pois bem, nesse caso a saudação correta é aquela mesma, tradicional, cheia de fé, perseverança e muita humildade, exatamente como ensinou, na sua trajetória pela terra, o aniversariante do dia 25:
- FELIZ NATAL! Com muita paciência e resignação para agüentar o tranco da vida, cada vez mais complicada e difícil...
Agora, se você é um privilegiado por conta de favores políticos (recebe sem trabalhar ou tem outros privilégios!), é familiar ou deve favores eleitorais e, quer levar a sua saudação àqueles que parecem ganhar “tão pouco” para o “muito” que trabalham – nossos queridos deputados e senadores! – que resolveram se locupletar da sua função para jogarem seus ganhos para o limite máximo possível, desrespeitando todo e qualquer índice salarial proclamado e defendido pelo próprio governo, vocês, por favor, não desejem Feliz Natal, mas sim:
- BOAS FESTAS! BOA FESTANÇA! BOA FARRA! BOM CARNAVAL! BOM FORRÓ! BOA QUADRILHA! Agora que a animação no Congresso ficou completa com a presença de um palhaço “oficial”, esses pobres coitados que ganham tão pouco, certamente estarão muito felizes com o belo ato praticado, que além de beneficiar a senhora presidente, ministros, os próprios senadores e deputados federais, ainda concorrerão para o polpudo aumento, dentre outros, dos senhores governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores, além dos enormes stafs de cada um. Pensando bem... como o Brasil nada em dinheiro, o que representa um aumentozinho “tão insignificante como esse?”
Afinal de contas, a festa vai recomeçar mais uma vez, e, para a farra, o baile, o carnaval, a quadrilha, os pobres dos políticos carecem de mais dinheiro nosso, dos contribuintes, nos seus bolsos. Enquanto isso, os inativos vêem suas aposentadorias chegarem a nível “astronômico” e, claro, sem nenhum problema financeiro, gastam os seus milhões se divertindo nas mais alegres e caras estações nacionais ou internacionais.
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