Aleluia! Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade! É época de confraternização, de alegria; de presentes, de agito comercial e de famílias reunidas; de orações, de encontros, de presépios, de glorificarmos ao Senhor. É sempre assim, todo final de ano. E... se o nascimento de Jesus fosse festejado mais vezes, como fazem com o Carnaval, que é reprisado, com várias denominações, por todo o país... A razão da proposta? Observe o Jornal Nacional. Esse jornal que já foi o noticioso da família, discreto, tranquilo, hoje bem que poderia se chamar “Jornal Criminal”, tal a violência instalada no país, que ele diariamente noticia. E, olha que não estou me referindo apenas aos acontecimentos recentes do Morro do Alemão. Não!
Tornou-se comum assistirmos, diariamente, a crimes de arrepiar que são divulgados nos jornais televisivos, com o maior requinte da tecnologia, e com direito ao “charme” dos apresentadores que trocam olhares enigmáticos no meio de cada notícia dada, como se isso contribuísse para a sua maior autenticidade. “Charmes globais” a parte, o que assusta, realmente, é a constância de crimes bárbaros que vem acontecendo por todo o país. Maus tratos a idosos, como uma mulher de São Paulo, focalizada há poucos dias, que parecia sentir prazer no tratamento que dava a uma irmã mais velha: ela batia, esmurrava, puxava o cabelo da idosa com tamanha crueldade que era de estarrecer! E, o que dizer de uma garotinha de 8 anos sequestrada e abusada por uma irmã de 14 e seu namorado(?), um elemento com mais de 40 anos, pedindo socorro à polícia, de madrugada, com a voz trêmula mas consciente do seu drama?
Está tudo complicado. Parece que a palavra “crime” perdeu o seu significado. O desamor é grande, o culto ao dinheiro (não importa se ganho honestamente!) é assustador; o controle familiar na classe menos favorecida inexiste; e, muito precocemente meninas e meninos são levados para o crime sexual e das drogas, gerando violência familiar. Aberrações com as quais aos poucos nos familiarizamos, por estarem tão presentes nos jornais televisivos, sejam eles especializados no assunto (Datena e cia.) ou nos jornais que já não são mais modelos de sobriedade e de leveza...
Como o Natal é época de doação, de amor, não custa nada sonhar. Sonhar como seria bom se incorporássemos o espírito natalino mais vezes no ano, na busca de um mundo mais fraterno. De menos violência, menos poder do dinheiro que leva ao poder da morte. Um mundo tão sonhado pelos poetas, onde reine mais a alegria, a confraternização, a caridade, fazendo cada vez mais presente a real mensagem do menino que veio ao mundo para nos salvar!
Feliz Natal para todos!
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