"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ASCENÇAO E QUEDA

         Acordei hoje mais feliz, mas com um pouco de preocupação, ainda. Feliz por acreditar que, (após o pedido de impeachment feito pelo jurista e ex-fundador do PT, Hélio Bicudo), acredito que não resta mais nenhuma  dúvida para que ele seja realizado. Preocupado porque apesar alardearem que vivemos numa “Democracia” onde se pode falar o que quiser, devemos estar sempre atentos às artimanhas que esse pessoal do PT é capaz! Lembram-se quando a presidente foi eleita? Um dos seus primeiros atos, atropelando a nossa gramática, (não sei se para demonstrar poder desde o início!) foi criar para si o neologismo “presidenta”, que partidários e simpatizantes obedecem fielmente. Mas, se o problema fosse apenas esse, e a presidente atuasse com competência, lisura e honestidade, poderíamos até acreditar quando ela fala em Democracia. Porque a Democracia que nós conhecemos não é um regime especializado em iludir o povo; que adota a corrupção, o toma lá dá cá, a “maracutaia”, o caos, enfim!
          Façamos um breve retrocesso:
     Não resta a menor dúvida que o cidadão Luiz Inácio da Silva, mais conhecido pelo apelido de “Lula”, o mentor de tudo que estamos passando, que está levando o país para o caos, tem um Q.I. muito alto e um grande poder para  persuadir as pessoas. Quem não se lembra daquele fantástico coral cantando, uníssono, a música que embalou sua campanha à presidência do país: “Lula lá, brilha uma estrela”... Não era um coral de gente desconhecida, simples, humilde, naqueles três ou quatro degraus de vozes, entoando um jingle eleitoral. Não. O grupo que ali se apresentava era um coral formado por expoentes das artes brasileiras, artistas da Rede Globo, principalmente. Era gente com profundo conhecimento não apenas nas artes, mas também na política. Enfim, um grupo de estrelas que ali estava para apoiar e eleger um cidadão que não deixava dúvida quanto ao seu conhecimento político, refletido no  desejo de levar adiante o progresso da nação e os anseios de um povo. Pelo menos, era isso o que imaginávamos...
       Aplaudindo aquele espetacular coral do “Lula, lá”, estávamos nós, eleitores brasileiros, confiantes no carisma e no patriotismo daquele simples sindicalista que vinha despontado há algum tempo no cenário político nacional. Ele era quase uma unanimidade, diante da empatia que estabeleceu com o povo. Daí, não foi difícil chegar ao Palácio do Planalto e, com um governo voltado para questões populares, conseguir, com facilidade, o seu segundo mandato. O povo, reelegendo-o, parecia entender as suas ideias, as suas intencões, a sua maneira de governar...
         Foi no seu segundo mandato que Lula mostrou a que veio. Sem querer deixar o poder, mostrou toda a sua simpatia pelos governos totalitários, beneficiando Cuba com a construção de um porto, com o custo bem mais elevado do que poderia construir um, tão desejado pelo povo do Piauí. Para financiar os devaneios do seu partido, permitiu que seus agentes dilapidassem o patrimônio da nossa maior empresa, o que foi levado adiante pela sucessora (tão ansiosa de poder que chegou a dizer em campanha que em eleição valia tudo). E valeu mesmo, foi o que todos vimos, com as mentiras deslavadas que resultaram em investigações perigosas para ela.
         O rolo desse desgoverno todo o mundo conhece. E, o povo está cansado de esperar pelo impeachment, pela renúncia, enfim pela saída da “presidenta” que tanto males trouxe à Nação: ela, seu partido e o seu guru e criador! Mas, agora, com o pedido de impeachment do jurista Hélio Bicudo – um dos criadores do PT, partido que comanda toda essa bagunça nacional – acredito que não resta mais nenhuma dúvida. Até porque, se a luta do incansável juiz Sergio Moro der em pizza (como alguns acreditam!) o melhor mesmo é largar tudo e deixar o Brasil por conta de Cuba, de Lula, do exército de Stédile, das ameaças de Ugo Chaves, da pátria bolivariana, de estado islâmico, e de tudo de ruim que essa gente simpatiza, e quer implantar no nosso país...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

NOVELAS

         Parei de ver novelas. Por quê? Por sentir que a maioria delas é muito parecida. Uma mulher ou um homem surge logo no primeiro capítulo, pronto para encarnar o MAU.  A sua maldade vai sendo “aprimorada” a cada capítulo, com o seu ódio sendo destilado sobre determinado personagem. O(a) personagem sofredor(a) é quem fará contraponto na história. Representando o BEM, o personagem bonzinho da novela, irá sofrer até o último capítulo, quando se vingará do vilão, para a alegria dos telespectadores. Já houve novela em que a vingança não foi executada pelo perseguido, o que rendeu muito Ibope para a emissora, uma vez que o assassino poderia ser um de meia dúzia dos suspeitos. Houve até uma em que o vilão da história, prestes a voar para o exterior, dava uma tremenda banana para os que ficaram, não sendo julgado p... nenhuma, o que era muito comum entre nós até pouco tempo.
         Atualmente, eu assisto apenas ao primeiro capítulo (para ficar atualizado com a trama, o elenco e a maldade da novela), e ao último (para saber o desfecho do folhetim). Não estou dizendo que enjoei de novelas. Como nordestino, vibrei com “Roque Santeiro”  e acompanhei o desenrolar de “Senhora do Destino”, e, como morador do Rio por quinze anos, admirei o desenrolar de  “Avenida Brasil”. Também não estou diminuindo a criatividade dos autores, ou o desempenho dos artistas que a nossa televisão possui, muitos deles oriundos do teatro. O maior destaque desses premiados talentos brasileiros, não resta dúvida que é a fabulosa “doce de mãe” Fernanda Montenegro. Do lado masculino, destaco Lima Duarte, o inesquecível “Sinhozinho Malta”, da novela “Roque Santeiro”. O certo é que a TV-Globo conquistou para si um refinado grupo de autores, diretores e atores e, a exemplo de Hollywood no cinema, passou a produzir novelas com know how próprio, o que agradou em cheio não apenas a brasileiros, mas a telespectadores do mundo inteiro.
         A exemplo do cinema, a novela de televisão é algo que fascina. A grande diferença é que: antigamente, para irmos ao cinema para assistir a um filme, havia uma verdadeira programação: confirmação do horário da exibição; arrumação pessoal e saída de casa; encontrar a namorada; comprar ingresso e aguardar, instalado numa poltrona do imenso salão, o início da película. No caso da novela, não tem nada disso. É bastante se acomodar numa poltrona em frente à sua televisão e assistir àquela ou àquelas novelas, já que são muitas durante a noite. Só que existe um inconveniente: no cinema nós podíamos assistir aos filmes com base na censura (que podia ser livre ou proibido até 18 anos). Os cartazes na entrada do cinema nos davam detalhes sobre a atração do dia. Já a novela não carece de nenhuma preparação. É só ligar o televisor da sua casa e acompanhar o que autores e diretores têm a nos dizer. Bem mais prático, não resta dúvida, mas às vezes o programa pode ser um tanto indigesto, por exemplo, na presença de visitas mais cerimoniosas ou de crianças que não apenas querem ver tudo, como também saber tudo, ignorando na sua inocência o que é capaz de fazer uma concorrência feroz entre redes de televisão, através das suas novelas. 
         Enfim, como na vida real, também na ficção estamos sujeitos a constantes modificações de costumes, cabendo a cada um cuidar da sua adaptação às tais evoluções.  

domingo, 16 de agosto de 2015

“FARINHA DO MESMO SACO”?

     Não concordo com aqueles que dizem que os políticos brasileiros são todos “farinha do mesmo saco”. Quem tem acompanhado o nosso panorama político, através da TV-Câmara e da TV-Senado, principalmente, descobre que existem políticos, sérios, honestos, como o senador José Antonio Reguffe, por exemplo, que, procurando economizar o dinheiro público, cortou benefícios exagerados que lhe eram oferecidos. Além de dar exemplo de honestidade, o senador economizou para o cofre brasileiro, uma considerável parcela de reais. Pena que nem todos os nossos políticos pensem dessa maneira!
     No entanto, seja na oposição, seja no governo, é possível encontrar parlamentares honestos, que lá estão com a missão de colaborar com o país de alguma forma, como o senador Cristóvão Buarque, na sua incansável defesa da Educação, como base para o crescimento do país; Paulo Paim, levantando a bandeira da defesa dos aposentados é um político incansável na luta pelos direitos dos mais fracos; Ana Amélia, senadora que já foi jornalista, considera a discussão dos problemas nacionais prioridade, atuando sempre com posições firmes e coerentes; o senador Magno Malta é um evangélico que costuma se inflamar ao defender os bons costumes da sociedade brasileira que passa no momento por uma intensa degradação social; Cassio Cunha Lima faz, com muita garra, a defesa das nossas instituições e do nosso patrimônio, protagonizando uma luta ferrenha contra a corrupção; a senadora Simone Tebet tem no sangue o “dna da política” e, apesar de nova no Senado demonstra garra e coerência na apresentação de seus projetos ou no apoio a projetos alheios, desde que favoráveis ao progresso do país.  
     Haverão de dizer: “Mas, isto não quer dizer nada diante do batalhão de “sanguessugas” que atua nas nossas casas representativas”. Concordo. Até porque a gente sabe que quem leva sempre a pior com essa fome de privilégios, de “maracutaias”, de “toma lá, dá cá”, é sempre o povo brasileiro. Entretanto, com as suas nobres atuações parlamentares, esses políticos sérios e honrados vão, aos poucos, deixando a sua marca e os seus exemplos para serem seguidos pelos que vão chegando, se incorporando ao parlamento nacional. Maus exemplos de governantes sempre tivemos. Conta-se que a coisa vem desde a época do descobrimento do Brasil, e, virou até a seguinte piada: “Deus, diante das reclamações de um americano, um japonês e um alemão que não se conformavam com os benefícios celestiais concedidos ao nosso país, privilegiado com tantas coisas boas e belas, ao passo que eles só amargavam vulcões, terremotos e desastres ecológicos, cortou as lamúrias dos três, dando-lhes a seguinte resposta: É... mas vocês não sabem o tipo de gente que eu coloquei lá.”
     Mas, será que nós vamos viver eternamente com esta pecha de gente ruim?

quinta-feira, 23 de julho de 2015

CRÔNICA DO RECESSO IMERECIDO

Tentei, como cidadão brasileiro, revoltado com os graves problemas que afetam o país, discutidos diariamente nas TVs Câmara e Senado, aproveitar este imerecido recesso parlamentar: buscar coisas leves, visitar o lado lírico, sentimental da poesia... Mas, (quem falou que seria possível?!) o meu lado poético também anda revoltado com a roubalheira e com o desgoverno que aí estão. Vejam o que ele está sentindo...

A VISÃO DO APOSENTADO

A mim, me bastaria uma velhice
De paz, em que eu zelasse pelos filhos
E rezasse por aqueles mais distantes.

Para que tanta tecnologia “News”,
Se os jornais televisivos respingam
Sangue no meu rosto, o tempo todo?...

Estou carente, e meus parcos ganhos
Mal dão para as mazelas da saúde,
Que nesta idade castigam muito...

Promessas políticas são só promessas:
Aposentado não pode ir além do salário!
Só políticos e apadrinhados podem!...

A violência campeia, igual ao Cangaço.
E, há quem goste das políticas radicais
Que vão mais além, como a degola!...

A guerra fratricida da droga, aqui gerada
- “deseducados” contra “desorientados” –
Mata mais do que conflitos oficiais.

 O que, um dia, foi modelo de prosperidade
Virou engodo para ratazanas palacianas,
Que quase destruíram a nossa Petrobrás

 A esperança, a criança, o futuro, a Pátria...
Sonharemos, ainda, com um futuro radiante?
Ou confirmamos a vitória da corrupção?...

sábado, 11 de julho de 2015

O BICHO

      Ontem à tarde, voltando para casa, na entrada da vila onde moro, havia um homem mexendo nas sacolas de lixo. Eu pensei: deve ser algum catador de material reciclável, pois já abrira algumas sacolas e, verifiquei próximo a ele, uma latinha de refrigerante. Bem na sua frente, no entanto, vi algo que me deixou intrigado...
       Curioso, aproximei-me, com o intuito de lhe chamar a atenção, pedindo-lhe que quando acabasse, deixasse tudo como estava antes. Foi quando vi que, mais próximo de si, num resto de plástico branco, ele já havia separado restos de alface e rodelas de tomate, formando o material, sobre a tela branca do plástico estirada no chão, a mais intrigante pintura que eu já presenciara, trazendo-me, ainda, à mente o poema “O bicho”, de Manoel Bandeira. Aos poucos, no meio daquele resto de lixo alimentar, ele descobria mais elementos, que cheirava, escolhia, e adicionava ao “prato”... Meu Deus! Como pode acontecer isso numa cidade tão rica como a nossa! Não podia ser verdade! Mas, era.
         - Quando acabar deixe tudo como estava antes, ok?
         - Pode deixar.
         Dei dois passos em direção à casa, sem deixar de me comover com a cena vista. Separei uma cédula e, emocionado a entreguei ao infeliz.
         - Aqui para o senhor.
        Ele, agradeceu, invocando a proteção divina para mim. Emocionado, rumei para minha casa, chocado com a cena. “Meu Deus, o bicho de que falava Manoel Bandeira no seu tocante poema, existe.” Eu comprovei. Apesar das imensas riquezas nossas, muitas vezes, mal administradas ou despudoradamente dilapidadas. O pior de tudo é a gente constatar que as nossas praças atualmente estão lotadas de homem-bicho ou bicho homem que enfrentam o frio da noite nas calçadas, debaixo de velhos cobertores, e catam comida nas lixeiras, para saciar a fome. Como cristão que sou, sei que poderia inclusive tê-lo convidado para comer alguma coisa melhor do que o lixo, em minha casa. Infelizmente, outro grave problema social que nos atinge atualmente – a Violência – me impediu de fazer-lhe tal convite. Mas, a cena de ontem me chocou! Chocou tanto que não dormi direito e ao acordar estava com esta crônica pronta na cabeça.      
Há trabalhos poéticos que, de tão vigorosos, não conseguimos retirar da mente. É o caso de “O Bicho”, de Manoel Bandeira, que foi um marco na minha vida e que hoje, numa constatação bem semelhante à do poeta (acredito eu!) foi inspiração para esta crônica. Por isso, resolvi incluí-lo na mesma, para apreciação e reflexão dos leitores:

O BICHO

“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

 O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

 O bicho, meu Deus, era um homem”.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

HISTÓRIAS PRA BOI DORMIR ou DONA DILMA E SEUS (QUASE) QUARENTA MINISTÉRIOS.

         Tudo soa falso neste governo. A começar pela história da criação do termo “presidenta” ao invés de presidente, etimologicamente, a palavra correta. A invenção da mandatária (atropelando o português!) mostrou que muitas “histórias para boi dormir” ainda viriam por aí. Uma das que mais chamou a atenção do povo, foi a da composição do seu gigantesco ministério, o que lhe valeu a comparação com outra história muito famosa  que, de alguma forma, até lembra o seu governo: “Dona Dilma e seus (quase) quarenta ministérios”...
         Como nas histórias de grandes aventuras, ela, personagem principal, precisava  mostrar exuberância no seu governo pois, revezando com o seu guru, pretendiam permanecer eternamente no poder. No entanto, apesar de constar da sua longa lista de ministérios, um do Planejamento, suas obras faraônicas e seus projetos mirabolantes quase sempre resultaram em grandes desastres econômicos.
         A popularidade da presidente começou a despencar, quando pessoas muito intimas do seu governo resolveram atacar o principal patrimônio do país, dilapidando-o como ratos no queijo, tentando se aproveitar ao máximo do dinheiro público. Por outro lado, Dona Dilma, sem priorizar o seu povo, principalmente o trabalhador que a elegeu, dá continuidade a obras herdadas do seu “guru”, beneficiando países vizinhos e simpatizantes da ideologia do seu partido. Chegam ao conhecimento público obras estranhas, com carimbo de “confidencial”, entre outras irregularidades. Com o prestigio em baixa e temendo resultado negativo, Dona Dilma, a presidente, em momento de decisão apelou: prometeu, xingou, mentiu para conquistar a vitória, pois conhecia bem o temperamento ordeiro e obediente do seu povo sofrido. Resultado: o povo iludido com o seu blábláblá demagógico para ganhar eleições, reelege a presidente.
         Depois, veio a realidade: a quase insolubilidade do país e a necessidade de apelar para economista de ideologia diferente da dela, para por as contas em dia. O arroxo financeiro oriundo de medidas saneadoras veio dificultar ainda mais a vida do trabalhador, do aposentado, da pensionista... Como não tinha como se explicar, a presidente buscou a saída que lhe restava: negociar... O apoio parlamentar dos que a apoiaram, renderam-lhes os melhores e bem remunerados cargos do governo: Ministérios, Secretarias, Segundo Escalão, etc., para apoiarem tudo o que a presidente enviasse e para deixa-la “blindada” das acusações que lhe são atribuídas... Um troca-troca, um toma lá, dá cá, promessas feitas abertamente, e prontamente aceitas por parlamentares já acostumados com esse jogo político. Assim, apoiada por explosivos, porém obedientes parlamentares, a presidente vai levando seu barco, se esforçando para evitar  um naufrágio, que pode surgir a qualquer hora.
         Esta história bem que poderia ser contada num estilo de contos infanto-juvenis, onde prevalece a coragem, a ousadia, a defesa da pátria, e da honra. Mas, infelizmente, só pode ser passada adiante como “História pra boi dormir”, com que a presidente e o seu partido abusam da paciência do povo. Até quando?  Uma coisa, porém, é certa: o estudante cheio de ideais, o trabalhador, o cidadão honesto, o aposentado, a pensionista, (por que não dizer: o povo brasileiro!), está todo o mundo de saco cheio!!!