"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

NORMA BENGELL



O cinema sempre me fascinou. Na minha infância havia apenas um cinema na cidade e nos divertíamos com os filmes de cowboys do tipo Roy Rogers, que passavam colados ao seriado. O seriado que mais me impressionou em criança foi o de Flash Gordon. Mais tarde, vieram as famosas chanchadas da Atlântida, onde se destacavam: Oscarito, Grande Otelo, José Lewgoy, Eliana, Fada Santoro, Dercy Gonçalves, Violeta Ferraz, Zezé Macedo, Zé Trindade e tantos outros...
A essa altura, na adolescência, eu já frequentava as sessões noturnas. E, como era divertido! Havia um frequentador na cidade que era uma alegria extra, em virtude de sua gargalhada espalhafatosa que contagiava toda a plateia. Oscarito não podia “atropelar” Grande Otelo numa fuga, na história, sem que ele não disparasse a sua estridente gargalhada. E, o público vinha junto.
Foi numa dessas chanchadas da Atlântida, cujo tema era espionagem e tratava do satélite russo “Sputinik” que teria caído no interior do Brasil, que eu a contemplei pela primeira vez no cinema. No filme, algumas nações se interessavam pelo objeto e providenciavam agentes para obtê-lo. Engraçado é que um dos agentes americanos era Jô Soares, no início da sua carreira. Mas, sem dúvida, a grande estrela de “O homem do Sputinik”, era ela: NORMA BENGELL. Parodiando Brigitte Bardot, na época o grande apelo sexual do cinema, a nossa Norma ficava dengosa e fazia inúmeros trejeitos para cima do Oscarito, dono da casa onde caíra o tal objeto, tentando conseguir pistas que levasse os espiões franceses ao tal Sputinik. Foi uma participação curta, mas marcante, desta grande atriz brasileira falecida recentemente. 
Depois, ela fez dois grandes filmes: “Noites Vazias” e “Os Cafajestes”. No primeiro, foi protagonista, com outra grande estrela do nosso cinema, Odete Lara, de cenas quentes entre duas mulheres; já no segundo, ela era vítima de uma curra (ou estupro!) pelos “cafajestes” Daniel Filho e Jece Valadão, no filme de Ruy Guerra. Além disso, deslumbrou o país ao apresentar a famosa cena de sexo frontal feminino explicito (Hoje, o “Amor e Sexo” da TV, já exibe ambos os sexos frontais e explícitos...). Nos dois filmes, a despeito do apelo sexual, a artista demonstrou talento tão grande que passou a ser escolhida pelos melhores diretores brasileiros, entre eles Anselmo Duarte, que consagrou, com “O Pagador de Promessa” o nosso cinema, com a obtenção da “Palma de Ouro” do festival de Cannes, o que levou a nossa Norma ao estrelato internacional.
A partir daí, ela participou de uma série de películas italianas e francesas, tornando-se – excetuando atuações em Hollywood – a grande estrela brasileira do Cinema Mundial.
Depois, eu vim embora para o Rio. Depois, a televisão tomou o lugar do cinema, que foi vendido a supermercados e igrejas evangélicas, e Norma Bengell, nossa grande estrela, ficou um tempo esquecida. Até que alguém inventou que, ao contrário da sua marcante sensualidade feminina, ela poderia ser um grande trunfo no papel de “sapatão”, no seriado de TV,  “Toma lá, dá cá”. Não sei se por dinheiro ou se por estar sempre pronta a qualquer desafio, ela (atuante até nos movimentos contra a Ditadura!) que ultimamente reclamava da falta dos amigos que sumiram, topou. Topou e, apesar da doença que a vitimou, ainda foi fazer sucesso na televisão com um personagem que não tinha nada a ver com a sua trajetória de deusa do Cinema Brasileiro.

domingo, 29 de setembro de 2013

RENDENDO HOMENAGENS A WALDIR CARVALHO

Para lembrar seu pai, o grande escritor Waldir Carvalho, a poetisa Walnize Carvalho criou o blog historiandowaldir.blogspot.com.
Ao lê-lo e ao recordar tocantes encontros que tive com o escritor nos seus últimos anos de vida, entrei com contato com a minha amiga Walnize, parabenizando-a:

Walnize,

Depois de anos de convívio com a Internet, raras vezes tive a oportunidade de me empolgar com o advento de uma página tão marcante como a que você acaba de criar para homenagear o seu pai, WALDIR CARVALHO. Numa terra, onde a regra é, quase sempre, se empolgar com o fácil, o fútil, numa lastimável troca de favores, e a exceção fica por conta do saber, da seriedade, da honestidade, toda homenagem a esse fantástico escritor torna-se bem vinda! O Dr. Waldir, todos sabemos, foi um homem íntegro, que lutou desde cedo para ganhar o seu pão e, aproveitando o talento para as letras, utilizou-as desde cedo para homenagear a sua querida Campos, especialmente a sua Baixada, através de contos, crônicas, trovas, teatro e da história da cidade. O pai dedicado, o cidadão responsável, foi fazer faculdade já em idade já avançada, como mais uma opção profissional.
Não vou falar da sua obra literária porque isto, o blog criado pela escritora Walnize Carvalho promete fazê-lo muito bem, inclusive com detalhes inerentes à sua vida de escritor. Prefiro, numa época de tantos desenganos que estamos vivendo, elogiar as suas qualidades humanas, desejando sucesso a você Walnize, na nobre empreitada a que se propõe: manter viva a memória de um talentoso escritor, de um grande cidadão!

PARABÉNS!

domingo, 8 de setembro de 2013

OUTRAS IMPORTAÇÕES

 Todos nós sabemos que o brasileiro gosta de ter boa vida. Isso, aliado a falta de estrutura do setor nos lugares mais distantes deste país, levou profissionais da área médica a rejeitar as propostas do governo para atuarem no interior. Aí, para limpar a barra, suja desde a copa das confederações, quando veio à tona a diferença entre o luxo dos novos estádios de futebol e os arremedos de hospitais e postos médicos caindo os pedaços no interior do país, sem a mínima estrutura para atender pacientes, os “cérebros” do governo acharam que o problema estaria solucionado com a importação de médicos, a maior parte, de Cuba. Quem assiste pela TV as necessidades do setor nas áreas mais carentes, constata que a solução não está apenas em suprir a falta de médicos, sejam eles brasileiros ou estrangeiros. Acredito que, instalações adequadas, equipamentos modernos, remédios, além de uma boa dose de dedicação e de humildade por parte dos profissionais (coisas implícitas nos juramentos dos formandos), bastariam para que inexistisse, ou fosse bem menor o problema com os médicos brasileiros que, atualmente, resistem a essa convocação. Os nossos formandos que, em geral, optam por atuar nas grandes cidades, muitas vezes desistem do sonho do curso, por outra atividade: dão aulas, assumem a direção de negócios da família, evitando assim se arriscar à vergonhosa ciranda dos que acumulam 3, 4, às vezes até mais empregos, em busca da boa vida... pois, não é fácil atender a tantos compromissos esquecendo,  agindo sem escrúpulos, muitas vezes entrando em jogadas, esquemas sujos  (coisa tão banal no país, nos dias atuais!),  avessos ao sofrimento daqueles que buscam socorro médico e tantas vezes morrem pelo não atendimento...
         Há os que culpam a falta de seriedade dos brasileiros aos degredados portugueses que, na época dos descobrimentos, eram enviados à Colonia para cumprimento de pena. Mas, será que passados todos esses séculos, não houve nenhuma depuração nessas índoles? Brasília, por exemplo, tornou-se um modelo de pouca vergonha. No entanto, seria injusto não assinalar que nos canais TV Câmara, TV Senado e TV Justiça, a gente descobre que no meio do flagelo da corrupção do péssimo exemplo dado por homens públicos, há sempre bons elementos dispostos a lutar pela Pátria. Alguns políticos tradicionais que se juntam outros, jovens e inflamados, no judiciário há quem queira trabalhar com lisura, dando exemplos de seriedade, igualando todos no cumprimento da Lei. 
         Infelizmente, nós temos o hábito de copiar de outras nações apenas o fácil, o fútil, o que não dá trabalho e rende bom dinheiro. No entanto, há tanta  coisa importante que poderíamos “importar” de outros povos, e que contribuiria para transformar o Brasil, numa moderna Nação. A política séria! Por exemplo, o socialismo da Suécia, onde os político não são tratados com as regalias com que são tratados os brasileiros; o bipartidarismo de tantas grandes nações; o sistema penitenciário e as leis dos Estados Unidos cumpridas rigorosamente; a seriedade, do Japão ou da Suíça no trato com a coisa pública, praticado em países de mínimas áreas geográficas. Até mesmo leis rigorosas de alguns países árabes já davam para ser “importadas”, para combater a bagunça da nossa lei onde só é beneficiado quem possui dinheiro...
         Raras nações do mundo podem competir em tamanho e riquezas minerais ou agrícolas que a mãe Natureza e os portugueses nos contemplaram. Riquezas em profusão, espaços que poderia acomodar famílias com dignidade, sem precisar ferir as poucas matas que restam nos grandes centros. Com honestidade, planejamento, sem “toma lá, dá cá”, nem “é dando que se recebe”, nem tantas mazelas que atacam como vírus feroz os homens públicos do Brasil, poderíamos resolver os nossos problemas utilizando nossos próprios cidadãos além de transformarmos enfim este país numa grande Nação.

sábado, 20 de julho de 2013

O ESCRITOR



Mais uma vez, aqui estou eu selecionado na categoria de escritor campista, na homenagem que o CCAG presta à classe, na noite de 19 de julho. Mas, seria Escritor um cronista que de vez em quando acorda fazendo poesia? Ou tem, ainda, engavetados textos de teatro? Ou escreveu livros e organizou a antologia da Academia Pedralva, de onde é acadêmico? Não sei... Mas, como adquiri este hábito de passar sentimentos para o papel, seja em que formato for, e, já com 6 livros escritos e 2 em preparação, o que na realidade eu sinto é uma grande satisfação em poder expressar esta dádiva que Deus me deu,
Porém, não custa nada questionar:
Se você, quando pequenino, ouviu da sua mãe histórias que costumavam levá-lo ao sono mas que, aos poucos, a sua mente infantil transformava em sonhos....
Se, mais tarde, na alfabetização, você conheceu a magia da leitura e, com ela, a curiosidade pelos primeiros textos que, apesar de singelos, mexeram com o seu inconsciente...
Se, com a adolescência, o seu coração bateu mais forte por uma vizinha, uma colega de escola, ou mesmo uma amiga da sua irmã que um dia esteve em sua casa, e você não conseguia tirar aquela imagem da sua cabeça...
Se, depois, no colégio o professor de português lhe pedia para falar sobre determinado tema e a sua dissertação acabava elogiada pelas construções que você costumava empregar no texto...
Se, um livro que marcou, um poema que tocou fundo o seu coração, uma peça teatral que lhe arrebatou, um artigo jornalístico que você por empolgação, leu e releu tantas vezes, mexendo com seus sentimentos de cidadão...
Se, na morte do seu pai, da sua mãe, no seu casamento, ou no nascimento dos seus filhos, meditando sobre o inevitável CICLO DA VIDA, você escreveu textos e poemas tocantes que causaram admiração dos que leram...
Se, nas suas noites de angústias, na sua solidão, quando você tantas vezes recorreu a DEUS, e rezou uma prece que um dia ouviu ou leu e que nos seus momentos de sufoco a ela recorreu, como remédio, um bálsamo para a alma...
Se, você já passou, ou passa por tudo isso, meu caro, acredite: são momentos como esses que fazem de alguém um poeta, um cronista, um escritor. E, é esse ESCRITOR que, ao transpor para o papel o seu sentimento, vai construindo as suas criações, que manipula, dá vida e sentimento, transferindo-lhes sempre um pouco daquilo que já viveu...
Via de regra, cada autor tem a sua característica, a sua  marca, ou seja: a maneira como escreve o seu texto. Com sutileza, graça, malícia, erotismo, amor, retórica, crença no que está dizendo, e tudo o mais que, com o seu estilo peculiar, vai torná-lo conhecido como ESCRITOR.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O MEU MINISTÉRIO

Não é preciso, apenas, apontar erros. Necessário se faz também apresentar sugestões. Por isso, descrevo aqui como queria o meu ministério, já que o atual se apresenta como um dos pontos causadores da crise governamental. Aliás, tudo no governo soa falso, parece brincadeira. As chefes dos ministérios reunidas, com o devido respeito, parecem mais festa de debutantes de antigamente, clube da Luluzinha ou deslumbradas que muito tagarelam, mas pouco sabem das suas atribuições.
Bom... mas deixa eu falar do “meu ministério” que, não precisaria de mais que 15 pastas, certamente.  É claro que Educação, Saúde, Transportes e Segurança, não poderiam faltar. Estes itens, que desde muito tempo são temas de discursos inflamados de políticos, com promessas que muitas vezes chegam a convencer os mais incautos, mas que, regra geral, são esquecidas tão logo o candidato assume o seu mandato.
Tempos atrás, eu achei que haviam descoberto o “x” da questão, a solução dos nossos problemas, quando criaram o Ministério do Planejamento. Eu assim pensava: “não necessitamos de mais nada, pois já temos um lugar onde pessoas sensatas e de caráter possam buscar a solução dos problemas brasileiros”. Enganei-me. Vocês já imaginaram como estaríamos agora (nós, povo amante do futebol!) se, após a euforia da escolha da Copa no Brasil, os planejadores brasileiros entrassem em ação vendo os prós e os contras, levando em conta nossos problemas básicos e as disponibilidades financeiras do país para a construção de monumentos faraônicos?
- Ah, mas aí a competência não é do Ministério do Planejamento. É do Ministério dos Esportes...
- E, por quê existe o Ministério dos Esportes?! Para agradar Pelé, Havelange, Plater, Ronaldinho??? Esse ministério, juntamente com o da Cultura, poderiam ser partes do MISTÉRIO DA EDUCAÇÃO!...
Continuando. Uma coisa, certamente, eu desdobraria. O atual Ministério da Defesa. (E, olha que em 1968 eu fui para as ruas contra os militares). Penso que, como está, Exército, Marinha e Aeronáutica não correspondem às suas finalidades básicas. Com status de ministério, nossas forças armadas seriam muito mais eficientes no combate ao problema crucial do tráfico de drogas, na vigilância das nossas fronteiras e na defesa da Pátria, quando necessário.
O Ministério das Cidades e outros, que a gente fica imaginando para que servem – além de beneficiar partidários, parentes e amigos dos companheiros! – seriam extintos, ajudando o governo a solucionar problemas mais prementes como o reajuste dos benefícios dos aposentados que com o achatamento das suas aposentadorias e pensões ano após ano, mal sobra dinheiro para os seus remédios vitais. É uma situação lamentável a que vive os idosos no Brasil, já que estão sempre precisando de um serviço médico, e, com o que contamos, como é que fica?
De uma coisa eu garanto que não abriria mão: da criação do ministério da SERIEDADE e da COMPETÊNCIA. Talvez alguns questionassem, porque, normalmente, há sempre uma fila de “afilhados” aguardando a sua “boquinha”, para “mamar nas tetas do governo”, mesmo que, nem sempre, tenha afinidade com o cargo que venha ocupar. Por outro lado, quem conhece a desorganização dos nossos empreendimentos públicos, já está cansado dos seus desmandos. São financiamento milionário para filme inacabado; rodovias que não são concluídas; pontes que se tornaram monumentos à falta de seriedade com o dinheiro público; porto largado no meio do caminho com milhões enterrados; e, transposição de um rio que, “no andar da carruagem”, empacou e jamais solucionará o problema da seca no Nordeste. Tudo gerando prejuízos incalculáveis para os cofres públicos. Mesmo assim, depois de tantos fracassos e prejuízos, chegamos à constatação que, certos da Impunidade, muitos continuam brincando com o dinheiro público – o nosso precioso dinheiro público para o qual eu e você contribuímos – que tanta falta faz na Educação e na Segurança, por exemplo.
Mas, pensarão alguns: “o que significam esses detalhes para um país tão rico e abençoado por Deus (como o nosso!) onde o governo faz tudo para que ao povo nunca faltem o “pão e o circo”, hoje representados por bolsa “isso”, bolsa “aquilo” e por construções monumentais, onde ao pobre, ironicamente, não é dado o direito de assistir a sua diversão predileta, em razão do elevado preço dos ingressos... Como diria o Boris, “isto é uma vergonha!”
Até o surgimento das atuais manifestações políticas, encabeçadas pelos jovens das redes sociais, sinceramente, eu não acreditava que houvesse mais uma solução para o Brasil, tamanha a bandalheira aqui está implantada e o aparente desinteresse da juventude pelos problemas nacionais. Puro engano, graças ao bom Deus!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O CIDADÃO E A FARSA DO PODER


O governo está brincando... Enquanto o povo na rua protesta, exigindo coisas imediatas e essenciais, existentes em qualquer país, como a boa educação pública (onde o filho da empregada possa estudar ao lado do filho dos patrões); saúde “padrão FIFA”, para acabar de vez com a tragédia dos hospitais públicos, onde pacientes morrem na porta, antes de serem atendidos por falta de vagas ou de equipamentos básicos para o exercício de uma boa medicina; sistema de transportes que dê melhores condições financeiras e de segurança aos motoristas de caminhões, que hoje se encontram nas estradas, reivindicando melhorias; segurança pública, para tranquilizar a família brasileira que a todo dia, vê seus filhos, - que estudam ou que já se formaram - serem executados por criminosos que matam como se estivessem brincando; e menores ou ex-menores, que um dia já foram “aviões” do crime, beneficiados por uma lei ultrapassada, que o governo insiste em ignorar. Governo que, ao invés de atacar com pressa problemas necessários e imediatos que toda a população clama por soluções, e outros tão graves quanto aqueles, como a exagerada corrupção, os desvios do dinheiro público, as cadeias entulhadas de presos como “sardinha em lata” - uma vergonha nacional! A despeito de tudo isso, o governo, travestido de imperador romano, toca sua harpa alucinada e se extasia diante dos colossos por ele criados, a custa de gastos astronômicos, ignorando os clamores do povo.  Depois que os jovens das redes sociais levaram multidões à rua para protestar, dá para se notar a reação dos representantes do povo, em razão da pressa com que deputados e senadores desengavetam projetos guardados por muitos meses e anos e, que, por algum motivo escuso, só agora chegam ao consenso e à resolução...
Enquanto isso, feito o mais snob dos intelectuais que busca sempre utilizar-se de palavras eruditas para mostrar a sua pretensa sabedoria, (modo com que procura iludir pacatos ouvintes ou leitores), o Governo “tira onda” de bom moço e oferece ao povo um PLEBISCITO. Sim, plebiscito, coisa com seria certamente beneficiado, pois teria como certos preciosos meses para urdir novos planos, para engabelar seus clientes fiéis: aqueles que nem querem mais trabalhar, por causa do “bolsa isso”, “bolsa aquilo”  (até porque, na prisão, além dos Direitos Humanos, ele terá a sua ótima “bolsa detenção” garantida!).  Por isso, é permitido aos baderneiros que se infiltrem nas passeatas, fazendo quebradeiras, que nada tem a ver com o movimento. A farsa que querem nos impor, e até agora não conseguiram, seria demonstrar que o movimento surgido na Internet era o responsável pela baderna. Felizmente, deputados e senadores acordaram e estão bradando do alto da tribuna, em favor do povo brasileiro. Alguns velhos patriotas de outros combates. Muitos, de olho nos eleitores, visando as próximas eleições. Outros, com bem menos idade já conhecemos a sua luta como representantes do povo . Isto leva-nos a crer que ainda resta uma luz no fim do túnel, a despeito de eles catequizar-nos como se fossem os salvadores da Pátria. Só se for a “pátria de chuteiras”, como muitos consideram o país, onde qualquer um pode ser tratado como HERÓI, como alguns locutores muito bem pagos, enchem a boca para chamar; muito embora, alguns desses “heróis” na sua vida privada, deixem muito a desejar... HERÓI, é quem dá o seu sangue lutando pela Pátria... Pelo menos, foi esse o conceito que aprendi em no grupo escolar, com TIRADENTES, como símbolo maior!
O ruim de tudo isso é que, como diz o ditado,  “O exemplo vem de cima!” E, pelo país afora, ficamos sabendo que em menor escala, muitos políticos se locupletam dos seus mandatos, e brincam com o dinheiro público como se fosse propriedade sua, da sua família e da de seus amigos, travestidos de bons moços, de pastores e de tudo o mais que possa disfarçar a roubalheira... Mas, eu tenho fé que a luz no final do túnel que chegou com a garotada da Internet, não se apague tão cedo, para o benefício nosso, da Democracia e do BRASIL!