Além das novidades que a Internet cria para facilitar as comunicações entre os seus usuários (algumas delas bastante sofisticadas), os próprios usuários também inserindo novidades, participando, debatendo, trazendo temas para análises ou recordações: uma comunicação bastante participativa, mesmo sem a presença física do interlocutor. E, quem tem uma idade mais avançada, como eu, costuma ser beneficiado com os temas em questão. Além das críticas ao governo pelos desgovernos que estamos assistindo desde algum tempo, a parte musical, por exemplo, está sempre em evidência, e, é sempre bom receber, de repente, vídeos que alguém nos envia, de apresentações de Beattles, dos franceses Charles Aznavour ou Edith Piaf que, juntamente com os italianos, se tornaram raros na nossa mídia.
“Eu sou do tempo...”, é uma dessas invenções. A pessoa descreve como foi o seu tempo de maneira lírica ou humorística. O poeta Antonio Roberto introduziu no Café Literário um longo e irônico poema com esse título, causando admiração e riso entre os de mais idade. Entre tantas coisas, lembro-me de que o autor falava da brilhantina Glostora, do Leite de Rosas, do Polvilho Granado, das camisas Ban-Lon, das calças de Nycron (que não amassam!), da colônia Avon, do rádio e da vitrola portáteis, da cerveja Brahma, do Rum Montila... Muitos dos tais produtos resistem ao tempo, outros porém, acabaram por ser substituídos por produtos mais modernos, saindo de cena... Lembro-me bem de que na minha mocidade usei praticamente todos aqueles que o autor relembrava na poesia. Principalmente para encontrar com a namorada; levá-la ao cinema, ou para encontrar amigos para jogar sinuca.
No Rio, já mais “escolado”, continuei a usá-los para ir ao cinema, ao teatro, ou ao encontro de alguma paquera, em qualquer lugar da cidade e, sem nenhuma preocupação com o retorno para casa, fosse a que hora fosse... E, como era gostoso saltar do ônibus, a brisa fresca soprando no rosto, como num antigo sucesso musical, que dizia: “Rio de Janeiro, gosto de você...”, e caminhar tranquilamente rumo à casa, sem preocupação de chegar vivo, ileso, sem ter sido assaltado, nem ter tido o ônibus incendiado.
Afinal, “Eu sou do tempo...”, melhor dizendo: “Eu vivi um tempo...” de paz e de tranquilidade, numa cidade maravilhosa, sob todos os aspectos...
“Eu sou do tempo...”, é uma dessas invenções. A pessoa descreve como foi o seu tempo de maneira lírica ou humorística. O poeta Antonio Roberto introduziu no Café Literário um longo e irônico poema com esse título, causando admiração e riso entre os de mais idade. Entre tantas coisas, lembro-me de que o autor falava da brilhantina Glostora, do Leite de Rosas, do Polvilho Granado, das camisas Ban-Lon, das calças de Nycron (que não amassam!), da colônia Avon, do rádio e da vitrola portáteis, da cerveja Brahma, do Rum Montila... Muitos dos tais produtos resistem ao tempo, outros porém, acabaram por ser substituídos por produtos mais modernos, saindo de cena... Lembro-me bem de que na minha mocidade usei praticamente todos aqueles que o autor relembrava na poesia. Principalmente para encontrar com a namorada; levá-la ao cinema, ou para encontrar amigos para jogar sinuca.
No Rio, já mais “escolado”, continuei a usá-los para ir ao cinema, ao teatro, ou ao encontro de alguma paquera, em qualquer lugar da cidade e, sem nenhuma preocupação com o retorno para casa, fosse a que hora fosse... E, como era gostoso saltar do ônibus, a brisa fresca soprando no rosto, como num antigo sucesso musical, que dizia: “Rio de Janeiro, gosto de você...”, e caminhar tranquilamente rumo à casa, sem preocupação de chegar vivo, ileso, sem ter sido assaltado, nem ter tido o ônibus incendiado.
Afinal, “Eu sou do tempo...”, melhor dizendo: “Eu vivi um tempo...” de paz e de tranquilidade, numa cidade maravilhosa, sob todos os aspectos...
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