"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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domingo, 10 de março de 2013

AS MINA PIRA... PIRA... PIRA... É VERDADE!

    É... dá para notar que a concordância foi pro beleléu, levando junta a nossa pobre Língua Portuguesa. A gramática foi jogada pra escanteio, e a gíria, o erotismo e o duplo sentido tomaram conta do nosso novíssimo panorama musical. É assim que a banda toca por aqui atualmente. Se o produto vende, o que importa a qualidade? O importante é que ele faça a cabeça da garotada, que lote estádios, e que proporcione boas vendas de CD, DVD e produtos similares dos novos ídolos.
    O mais curioso é que quem atropela a língua, e faz sucesso nas paradas é um movimento que surgiu com o pomposo nome de “Sertanejo Universitário”. U-N-I-V-E-R-S-I-T-Á-R-I-O ??? É... tudo é possível, dentro do quadro de atrações que, atualmente, frequenta a nossa mídia. A pena que eu tenho é sentir o abismo para onde a nossa juventude caminha diariamente, ouvindo os Michels, os Luans, os Gustavos, tidos hoje como os reis da mídia televisiva, tendo como parceira a deplorável linguagem que a nossa juventude criou para se comunicar através da Internet.
    Saudades que eu sinto de outros tempos, onde compositores como Chico Buarque, Edu Lobo, entre outros, capitaneados por “mestres” como Vinícius de Morais e Tom Jobim, não proclamavam os seus graus universitários, mas em compensação, produziam joias musicais...
    Ainda que os criadores da novidade quisessem se justificar, dizendo que é próprio do sertanejo o linguajar inferior, singelo, sem a obrigação de preciosismos linguísticos, o fato é que não há como comparar, por exemplo, “Luar do Sertão” com qualquer um dos hits do momento. “Luar do Sertão” é poesia pura e será lembrada eternamente, enquanto os hits classificados de “sertanejos” e “universitários” são descartáveis e, no máximo, servem para os seus intérpretes rebolarem no palco em movimentos sensuais para delírio das adolescentes, que não querem nem saber se, o Sujeito tem que combinar com o Verbo. Jamais alguém falaria: “As minas, pira, pira, pira...” Se foi cantada por ignorância, é grave. Mas, pior ainda, se a criação foi proposital. É um desrespeito à nossa Educação, à nossa juventude, aos nossos universitários, muitos deles lutando com extremo sacrifício para realizar o sonho de concluir uma faculdade.
    Conseguirão esses seguidores do tal movimento “Sertanejo Universitário” passar num Vestibular? Tenho cá as minhas dúvidas. Mas, como a televisão está cheia de programas do tipo reallity show, poderão se candidatar a um lugar nesses confinamentos. Lá, por exemplo, tem poeta famoso incentivando o povo brasileiro a “dar uma espiadinha” e outras futilidades que talvez combinem bem com o seu estilo... a escolha é sua!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PARA AQUELES QUE NÃO VÃO CAIR NA FOLIA

O texto abaixo é sensacional. O poeta Antonio Roberto no seu Café Literário, diante de uma bela poesia, costumava dizer: “Eu não tenho inveja de nada a não ser de uma poesia destas...” Eu faço minhas as suas palavras diante deste texto,  do jornalista mexicano CATÓN, que descobri dia atrás, na Internet. Por esta razão, não poderia deixar de dividi-lo com os leitores do Painel...
    No seu fabuloso texto, Catón diz o seguinte:
    “Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
    Mas eu não sou mencionado na revista.
    E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? vou mostrar a vocês:
    Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.
    Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
    Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
     Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
    Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
    Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
    Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
    E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
    Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cida Cidinha Aparecida, na Praia do Farol

A peça "CIDA, CIDINHA, APARECIDA", escrita por José Gurgel dos Santos e dirigida por Fernando Rossi, será apresentada na Tenda Cultural da praia do Farol (Campos RJ) no dia 16/01/2013 às 20:00 HS.