"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"

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domingo, 7 de agosto de 2011

ATÉ A VOLTA.

- Não. Eu não acredito que você ainda queira ir por terra! Não tem cabimento. Gastar 40 horas numa viagem que poderia fazer em apenas 4!...
- É verdade...
- Pensa no conforto, Homem! No que você poderia fazer com o tempo economizado!
- Eu sei... eu sei...
- O conforto é fundamental na vida da gente. Por terra você chega todo descadeirado, com os pés inchados, enfadado, só quer pegar uma rede para descansar e recuperar o sono, porque eu sei que você não dorme na viagem!... Na viagem aérea, você se livra dos buracos... dos cochilos do motorista... choro de crianças... banheiros fedidos... um horror!
- É isso mesmo...
- E, por que essa dúvida toda?!
- O avião!
- Mas, você não já viajou de avião? (pausa) Tá certo que tinha pressa. Velório da mãe. Além do mais, o tempo naquele dia não estava nada bom. Teve turbulência, gritaria, mulher histérica... Agora, com todo mundo viajando de avião, acontecem essas coisas. Mas, avião é o meio de transporte mais seguro do mundo, meu irmão. Depois daquela viagem eu já fui ao nordeste mais de 10 vezes. Sem problema! Não quero outra vida!
- ... (silêncio da parte dele que fixa o olhar num ponto distante).
- Já sei, é problema de dinheiro, não é? Olha só que coisa boa: você não vai pagar nada! Já ouviu falar em “milhas”, não já? (ele confirma com a cabeça) Pois bem: aqui em casa agora todo o mundo economiza milhas e com as que já temos você pode até ir de graça. Voltar, também, se quiser!
- (Retornando da divagação) Sabe de uma coisa, mana: o que eu gosto mesmo é sentir o chão, a todo momento, cheiros diferentes... Sentir o chão quando o motorista anuncia nova parada. Gente que hoje em dia já faz o caminho inverso, buscando oportunidades que agora surgem no Nordeste... no Norte. Conhecer seus planos, seus sonhos, suas histórias...
Os acidentes podem até acontecer. Dizem ser muito maior do que nas viagens aéreas, mas, mana, viajar milhares de quilômetros por esse Brasil afora, vendo amanheceres magníficos lá fora, pessoas alegres e costumes diferentes, é tudo muito fascinante na viagem por terra. (Como caindo numa realidade) Claro que há estradas mal conservadas, motoristas esgotados e loucos no volante, que não podiam estar dirigindo, trazendo perigo para quem utiliza a estrada. Mas... um dia, o combate a isso será prioridade, e a viagem se tornará mais agradável, ainda. Até a volta, mana!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Via internet, repercussões

Pra ser sincero, eu não escrevi "Via Internet" para me emocionar constantemente com as reações dos amigos.
O lançamento foi bastante emotivo, as palavras da educadora Beth Araújo, idem; mas vejam vocês o que
eu acabo de receber de ROBERTO GÓIS, de Campina Grande, autor do magistral soneto "De mãos dadas partimos"
que eu, com muita honra inclui na coletânea Meus amigos poetas, última parte do livro. É, ou não é para abalar alicerces?
Nem transmissão do Galvão abalaria tanto. HAJA CORAÇÃO!!!... a começar pelo título que ele colocou: GURGEL - O ILUMINADO!


"AO FALAR SOBRE O POETA E ESCRÍTOR JOSÉ GURGEL EU PODERÍA BUSCAR, NAS LÍNHAS ELEMENTARES DA VÍDA,
PALAVRAS QUE REGÍSTRASSEM SUA ESSÊNCÍA HUMANA, SEU ESPÍRÍTO CARÍSMÁTÍCO E O SORRÍSO PECULÍAR
QUE ACALMA E ETERNECE OS AMÍGOS QUE O CERCAM. SUA EXÍSTÊNCÍA, PORÉM, É SUSTENTADA EM UMA TRÍADE
POUCO COMUM ÀQUELES QUE NÃO CONSEGUEM ENTENDER A ALMA DE UM POETA: SENSÍBÍLÍDADE, AMOR E
PAÍXÃO.
AO CRÍAR O HOMEM E DOTÁ-LO DE ÍNTELÍGÊNCÍA, DEUS PRÍVÍLEGÍOU ALGUNS DELES COM O DOM DA
POESÍA E, AÍNDA ASSÍM, FOÍ PRECÍSO QUE SEUS CORAÇÕES RECEBESSEM UM REFORÇO ÍNUSÍTADO E SEUS OLHOS
UMA PROTEÇÃO ESPECÍAL. O REFORÇO DO CORAÇÃO GARANTÍU AOS POETAS SOBREVÍVEREM ALÉM DE SUAS
EMOÇÕES. OS OLHOS, POR SUA VEZ, TORNARAM-SE MAÍS DENSOS, PARA RECEBER O EXCESSO DE UMÍDADE
QUE EMANA MUÍTO MAÍS DOS SENTÍMENTOS QUE DOS SOFRÍMENTOS ELEMENTARES DO POETA.
HÁ QUEM DÍGA QUE O MUNDO VÍVERÍA SEM ÁGUA, LUZ, E -PASMEN- POESÍA. ALÍÁS, CHESTERTON(1874- 1936)
AFÍRMOU QUE "O GRANDE POETA EXÍSTE PARA MOSTRAR AO HOMEM PEQUENO COMO ESTE É GRANDE".
AO LANÇAR NO SEU NOVO LÍVRO, " VÍA ÍNTERNET", UMA COLETÂNEA DE POESÍA DOS AMÍGOS, GURGEL ACENDE
A CHAMA DO AMOR E CHAMA O FEÍTO AO SEU DEVÍDO LUGAR, EMOCÍONANDO ÍNSTÍTÍVAMENTE TODOS OS QUE
TEM A OPORTUNÍDADE DE LER AS LÍNHAS MARCANTE DE SUA OBRA.
SE VÍVO FOSSE, WALLACE STEVENS( 1879- 1955) TERÍA NO POETA GURGEL A PROVA CABAL DE SUA TEORÍA SOBRE ESSES EMOCÍONADOS PENSADORES; " UM POETA OLHA PARA O MUNDO COMO UM HOMEM OLHA PARA UMA MULHER".
UMA VÍDA DE GRANDES SOFRÍMENTOS, COMPENSADA COM OS ARROUBOS DE UM CORAÇÃO APAÍXONADO, REVÍGORADA
COM OS REFLEXOS DE UMA MENTE ÍNSPÍRADA E SUSTENTADA NA PLENÍTUDE DE UMA ALMA ÍLUMÍNADA.
SEUS POEMAS E DE SEUS COLEGAS QUE FAZEM A "PEDRALVA" EXPRÍMEM O MÁXÍMO DE ÍNTENSÍDADE E DE EMOÇÃO ENVOLTOS EM SUTÍL MÚSÍCA VERBAL. DAÍ PORQUE SEU LÍVRO E SUAS POESÍAS SÃO PARA SER LÍDOS COM A VÍSÃO
DE QUEM PERCEBE ESTAR DÍANTE DE ALGO BELO - TÃO BELO QUE COMO DÍRÍA SAÍNT-JOHN
PERSE, POR NATUREZA SE TORNA ÍNDEFÍNÍVEL.

ABRAÇOS FRATERNOS

ROBERTO LÍMA DE GOES- CAMPÍNA GRANDE- 29/07/2011.

OBS: DESCULPE ÁS LETRAS "GARRAFAÍS", AÍNDA ESTOU SÓ ESCREVENDO COM A MÃO DÍREÍTA. SUA "CARTA AO FÍLHO
QUE VAI SER PAÍ" ME LEVARAM ÁS LÁGRÍMAS. EU, COMO BÍ-VÔ, ME EMOCÍONEÍ BASTANTE."

quinta-feira, 21 de julho de 2011

NOITE DE LANÇAMENTO DO LIVRO “VIA INTERNET”

Boa noite!

Em primeiro lugar queria agradecer a presença de todos que atenderam ao convite.
Aqui estamos para a festa de lançamento de um livro. Porém, ela também é festa de confraternização, de recordação, de homenagem. Homenagem àquele que um dia criou, neste espaço, um sarau, uma reunião literária, uma fraternidade... Esta reunião, ou seja o Café Literário, existiu neste espaço sob o comando do poeta Antonio Roberto durante oito anos, sendo interrompida pela sua morte. Nós, seus amigos e seguidores, no entanto, resolvemos que a sua bandeira deveria seguir adiante e, com muita garra, demos continuidade, fazendo, durante algum tempo, reuniões em lugares inadequados, até ocuparmos os espaços atuais nos altos da Casa da Carne e no Centro Cultural Antony Garotinho.
A semente plantada com carinho pelo Lavrador das Letras em terra firme e aproveitando o bom tempo... germinou, e tem dado bons frutos nos campos de Campos dos Goitacazes. Poderia classificar o livro que ora apresento como fruto do movimento criado pelo poeta. E, o seu título poderia ser outro... Por exemplo: “A época do Café Literário”, “O legado de um poeta”, “Literatura versus Fraternidade” ou ainda: “O delicioso cheiro do talento”... Quando o escrevia, descobri que a comunicação atual – bem diversa daquela de antigamente da qual fala o professor Luciano Soares, no seu magistral Prefácio – poderia determinar o título do livro. Entretanto quem folheá-lo, página a página, descobrirá que elas estão impregnadas de recordações de um tempo aqui vivido;... cheias de lirismo e de doces sentimentos...
Além de destacar do blog Painel do Gurgel textos em forma de crônica e poesia, tive a idéia de incluir no trabalho a poesia de amigos. E, o resultado não podia ter sido melhor! Tudo o que de mais subjetivo e marcante na obra de cada amigo poeta eu busquei para embelezar ainda mais o livro: poetas de gêneros diversos e de diversas regiões, como o meu distante Nordeste. Quem viu, graças a Deus, gostou do resultado! A educadora Beth Araújo (que por motivo de saúde de parente não pode estar presente), achou bonito o meu gesto ao divulgar a poesia dos amigos, classificando-o de “Partilha da Solidariedade Poética”. Acredito que há muita bondade na expressão da nobre educadora. Prefiro acreditar que agindo assim estou consolidando a nossa amizade, interagindo conhecimentos literários, ao trazer ao público textos geniais de grandes amigos poetas.
Gostaria de finalizar esta apresentação com uma citação curiosa do poeta Vinícius de Moraes, que está circulando pela Internet, na qual ele diz: “EU PODERIA SUPORTAR, EMBORA NÃO SEM DOR, QUE TIVESSEM MORRIDO TODOS OS MEUS AMORES, MAS ENLOUQUECERIA SE MORRESSEM TODOS OS MEUS AMIGOS”.

sábado, 9 de julho de 2011

AVENIDA PELINCA E O PADRE QUE LHE DEU O NOME

Gilson é o dono de uma lanchonete localizada no térreo do Shopping Center Pelinca Square. Amante da cultura e da história da cidade, decorou o seu estabelecimento com belas e curiosas fotos da Campos de antigamente. Uma pessoa que a gente sente prazer em, de vez em quando, bater um papo.
Eu estava lhe apresentando a última prova do “Via Internet” quando o mesmo foi chamado para atender a dois homens que se postavam junto à caixa do estabelecimento. Por imaginar se tratar de assunto particular, comercial ou não, retornei à mesa em frente à televisão onde, vez por outra, costumo fazer um lanche. No entanto, logo em seguida ele me surpreendeu ao chamar-me para dividir a conversa com aqueles estranhos. Mais surpreso ainda fiquei ao tomar conhecimento do teor da conversa.
Os dois estavam na cidade a passeio, aproveitando para conseguir mais informações sobre o Padre Pelinca, que deu nome àquela importante via. Contaram que já visitaram o centro e estiveram na biblioteca em busca de mais informações sobre o padre de quem eram contraparentes, pois os mesmos pertencem à família Pelinca, de Macau, Rio Grande do Norte. Como sou curioso pelas coisas potiguares e campistas, Gilson quis saber se eu teria mais informações sobre o assunto. Contei-lhes que sabia de pouca coisa: que fora vigário da Catedral e que fora o celebrante do casamento do ex-presidente Nilo Peçanha. O que praticamente todo campista conhece, era certamente pouca informação para quem viera de longe, da Baixada Fluminense, em busca de mais conhecimentos sobre o ilustre parente. Fiquei de pesquisar com Valnize, filha de Valdir Carvalho, mais subsídios, e eles ficaram de, um dia, retornar...
Com a saída dos visitantes, ficamos discutindo as dificuldades para se obter maiores informações sobre a cidade e os seus vultos ilustres.
Aproveito esta oportunidade para parabenizar Silvia Paes e Aristides Sofiatti pelas denúncias que estão fazendo sobre o abandono dos nossos solares e prédios históricos. Qualquer cidade que se preze cultiva a sua história. Por que Campos não age desta forma? Com um passado tão brilhante!... Por que não haver na cidade um museu de ponta, capaz de ensinar aos estudantes, curiosos e visitantes – como os dessa crônica – o real e glorioso passado da cidade?

domingo, 19 de junho de 2011

FECHANDO O LIVRO - MINHA CONSCIÊNCIA E EU

Depois de textos e fotos selecionados, de poemas de amigos escolhidos, de tantas provas corrigidas, de encontros com o diagramador e de idas à gráfica, finalmente, chega à conclusão o meu quinto livro: “Via Internet”. Na elaboração da obra, foram muitas as discussões que travamos – eu e minha consciência. Transcrevo a última.

- Tem certeza de que não falta mais nada?
- Tenho!
- Vamos dar a última conferida?
- Vamos, sim...
- Comecemos pela capa...
- Ok. Um presentão que veio valorizar a obra!
- Concordo... ok... ok... a ficha catalográfica?
- Providenciada!
- Ok... a epígrafe?...
- Sem dúvida, foi a citação mais adequada!
- Ok... dedicatória?...
- É essa aí. Não podia deixar de homenagear o poeta.
- Inseriu os agradecimentos?
- Claro! Esses não podiam faltar...
- O prefácio?
- Uma aula de Literatura!
- Os textos: estão todos os que desejava? Não faltou nada!
- Está tudo no esquema!
- E, os poemas dos amigos?
- A idéia de homenagear amigos poetas foi excelente! O meu temor é o risco da omissão. Um ou outro poderá ficar sentido! Mas, como em qualquer seleção...
- E as fotos que estavam faltando?
- Consegui!
- Conferiu o índice?
- Página a página!
- E, a biografia?...
- Essas linhas sobre o autor, já são suficientes...
- A contra-capa?...
- É a continuação da bela arte da capa!
- Considera, então, o trabalho concluído?
- Positivo!
- Manda imprimir, então?
- Pode mandar!
- Boa sorte!

Assim, com este insólito diálogo, gostaria de comunicar aos amigos que chega ao final o livro que eu vinha escrevendo. Foi um trabalho árduo, mas prazeroso, que contou com a colaboração de inúmeros amigos, entre eles, Gildo Henrique, autor da capa; Luciano Soares, encarregado do prefácio; e dos meus Amigos Poetas que contribuíram com o seu lirismo para a grandeza do livro. São vates amigos que eu muito admiro em Mossoró, Natal, Campina Grande, São Fidélis, Bom Jesus do Itabapoana, Niterói e Campos. O livro é dedicado ao saudoso poeta Antonio Roberto Fernandes que, à sua maneira, através do Café Literário, conseguiu nos contagiar com o vírus da Poesia.

terça-feira, 24 de maio de 2011

AMADA AMANDA!

Numa época em que grande parte da população ignora o problema (da Educação) mas depois lamenta fatos degradantes que vem acontecendo nas escolas; em que o pobre fica cada vez mais alienado em razão das esmolas governamentais, e se deixa levar pela esperteza política; numa época em que o país, necessitando de uma Educação de ponta, carece de investimentos no setor, embora os nossos representantes elejam como prioridade o seu carro novo, os seus privilégios, o aumento abusivo no seu salário, ela surge!...
...não, para - por um dinheiro fácil! - despir-se das suas vestimentas, como fazem tantas outras que alcançam seus minutos de fama. Porém, despindo-se da vaidade, empunhando a bandeira da solidariedade, usando a língua dos seus pares, ela corajosamente enfrenta os poderosos, cara a cara, num dos espetáculos civis mais emocionantes que tivemos a oportunidade de assistir nos últimos tempos. Sem precisar do apoio de grupo, patota, classe ou da multidão simpatizante da mesma causa, a professora Amanda Gurgel enfrentou sozinha os deputados e autoridades de educação do Rio Grande do Norte para defender a sua classe, buscando melhoria salarial da categoria o que representa melhoria do ensino nas escolas públicas. Como ser bom professor tendo que dar aulas em três turnos, pegando ônibus, etc. Como preparar bem as aulas, numa pressão dessas?
Ontem, no Faustão, com o mesmo discernimento com que falou do problema na assembléia do RN, Amanda ratificou todos os seus pontos de vista sobre a necessidade da melhoria da ensino no Brasil. Com garra, consciência e patriotismo, foi brilhante mais uma vez, mostrando a necessidade do novo Brasil ter uma Educação avançada, digna de um futuro que já chegou!
Eu, de origem potiguar e de origem Gurgel, não poderia deixar de parabenizar esta brava representante da terra da educadora Nísia Floresta.
Amada Amanda do Brasil! Que, aclamada no programa Domingão do Faustão, recebeu em pesquisa realizada aprovação de 98 por cento do auditório, dos telefonemas e dos internautas. Parabéns, e que Deus abençoe a sua missão!