- Não. Aqui não é o Inferno! Aqui é o Paraíso! Ou você nunca ouviu falar que Deus é brasileiro?
- Peraí! Está havendo alguma coisa errada... Não é no Inferno que as pessoas ardem no fogo? Não é no inferno que grandes demônios iludem o povo, passando por bons pastores ou administradores, oferecendo, não trabalho, mas vantagens caídas do céu ou esmolas enganadoras? Não é no inferno que drogas são presenteadas a jovens incautos e, depois, os mesmos jovens incautos são tratados como escravos, para pagar-lhes dívida que jamais acabará? E, quando faltam com o compromisso são julgados por tribunais diabólicos e, executados? Isso não é a Pena de Morte?
- Bom!...
- Não é no inferno que demônios estupram, traumatizam e matam crianças desde a mais tenra idade? Que mãe acorrenta filho? Que filho tetraplégico é torturado? Que filhos matam pais, avós? Que velhos sofrem humilhações por quem deveria dar-lhes atenção?
- Bom!...
- Não é no inferno que o povo fica de castigo, preso nas suas residências, torcendo para que os filhos retornem dos seus trabalhos ou seus estudos? E, quando já formados, viram fogueira na antessala dos seus consultórios, ou são assassinados, no retorno à casa? E passageiras de coletivos são ameaçadas por armas, perdendo seus bens materiais, e, mulheres sofrem estupros em vans ou ônibus, em plena luz do dia?
- Bom!... Eu continuo achando que aqui é o Paraíso? Temos as melhores mulheres do planeta? Meninas que desde cedo aprendem a rebolar até o chão, são observadas e candidatas a modelos, atrizes, acompanhantes, capas de revistas, atrizes pornôs, etc. Ou seja, são mulheres trabalhadoras que garantem o futuro desde cedo. Temos o melhor futebol do mundo. Meninos que também rebolam, ou são observados, e logo se candidatam a futuros craques do Barcelona; a usuários de drogas; a aviões; a manchetes como autores de crimes estarrecedores; tudo protegido por Lei que “simpáticos” palhaços, sem dentes ou com possantes “tridentes”, insistem em não modificar! Não é interessante toda essa tecnologia, esse humanismo, esse cuidado em prol de uma juventude “sarada” e com belo futuro pela frente?
- E, as crianças órfãs, as mães que pranteiam os filhos, os pais que lamentam a carreira dos filhos abruptamente interrompida, as mulheres estupradas, os prejuízos materiais de entusiasmados investidores, os aposentados privados dos parcos recursos para remédios... para o mês?
- Deixa de bobagens, moço! Você tá muito em casa, vendo novela! Vai dizer que acredita nessas notícias! Saia mais! Aproveite o Paraíso! Ele é aqui!...
"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"
...
sexta-feira, 10 de maio de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
GAROTOS DO CRIME
Com
a violência tomando proporções inconcebíveis, a gente fica a
pensar onde vai parar tudo isso? Parece até que se tornou romântico
o fato de ser bandido, de contrabandear armas, drogas, de vivenciar o
crime. Sob esse aspecto, estar no crime antes de completar 18 anos é
fascinante! A ponto de um rapaz, faltando apenas 2 dias para a data
limite da sua maioridade, deixar a sua marca, com direito a filmagem
e exibição em todos jornais televisivos do país: o assassinato de
outro jovem, que já lhe havia entregue o bem exigido, o celular.
Mas, não! O barato mesmo era a sua atitude delituosa ficar
registrada em câmeras, passar na televisão, ficar conhecido no pais
inteiro. Um barato! Uma doideira! Dizer mais, o quê?
Atualmente
um cara de menor envolvido no crime, numa situação como essa acima,
é como um noivo que parte para o casamento, e providencia uma grande
comemoração. Mas, diferentemente, do noivo que, alegremente
comunica e convoca os amigos para a festa do seu enlace, a festa
desse adolescente tinha data marcada e teria que ser feita a seu
modo, com a sua arma, com a droga para “esquentar o clima”, a rua
vazia, de moradores “prisioneiros em suas próprias casas”,
protegidas por grades e com câmeras em pontos estratégicos. A
trilha sonora do evento, ainda não existe. Mas a letra ele conhece
bem: o Estatuto da Criança e do Adolescente, que ele conhece de cor
e salteado e que doravante, após os 18 anos, lembrará com
saudade...
O
interessante é notar que enquanto deputados se omitem em diminuir a
maioridade para 16 anos, armamentos pesados chegam para o crime com
facilidade nas grandes cidades; são distribuídos, e adolescentes,
muitos ainda quase crianças são abastecidos com modernas e potentes
armas, pois, devido ao seu salvaguarda da menoridade, eles
tornaram-se importantes agente da criminalidade. Saindo do
treinamento fantasioso dos videogames, de jogos em que, para
vencer, tem que matar o máximo, já entram na faculdade do crime com
o seu “treisoitão” do lado, pronto para ser chefiado ou mesmo
chefiar precocemente atividades criminosas. Atualmente, é raro um
crime mostrado diariamente nos jornais televisivos em que menores não
estejam envolvidos.
Independentemente
da idade, a vida ceifada pelo crime é sempre uma dor a mais no seio
de uma família, no meio de amigos. Torna-se ainda mais dolorosa
quando se mata um estudante cheio de sonhos; um noivo que desejava
constituir a sua família. Mas, os garotos do crime não querem saber
da dor alheia. E, acobertados por lei protetora que deputados e
senadores, nem sempre “ficha limpa”, insistem em manter, eles
fazem o que querem...
É
difícil vislumbrar uma solução plausível para esse problema hoje
em dia, com cadeias e abrigos lotados. É bem verdade que nós temos
Presidência, Senado, Câmara dos Deputados, Ministério da
Justiça, Tribunais de Justiça e toda sua ramificação, Juizados de
Menores, de Maiores, do “escambau”, mas, ninguém acha solução,
para o envolvimento cada vez maior de garotos no crime. Parece até
que quem pode fazer, faz corpo mole porque, de alguma forma, não
quer se prejudicar. Mas, senhores dirigentes da nação, a Copa do
Mundo está chegando. As Olimpíadas, também. Gastos milionários
estão sendo providenciados. E, como fica a situação da população
e do turista diante do problema? Dos que pagam impostos e/ou,
eventualmente, ingressos caros, que garantem os polpudos salários
dos senhores, já que não se vê uma mobilização necessária a
esse respeito...
Diz
o ditado que “o exemplo vem de cima”. Será que a problemática
que estamos vivendo decorre de erros e da negligencia das autoridades
para resolvê-las? Ou fatores exigidos há muito pela sociedade, como
a diminuição da maioridade, estaria esbarrando em interesses
escusos? Uma resposta precisa ser dada. Afinal de contas são muitos
os políticos que procuram o povo na hora do voto. Depois de eleito,
é fácil dá-lhe uma esmola oficial. Deixá-lo mal acostumado. E,
quando surge um sério problema social como esse que há muito
estamos vivendo, prefere recorrer a medidas paliativas e assistir de
camarote o circo pegar fogo. Não é brincadeira!
domingo, 10 de março de 2013
AS MINA PIRA... PIRA... PIRA... É VERDADE!
É... dá para notar que a concordância foi pro beleléu, levando junta a nossa pobre Língua Portuguesa. A gramática foi jogada pra escanteio, e a gíria, o erotismo e o duplo sentido tomaram conta do nosso novíssimo panorama musical. É assim que a banda toca por aqui atualmente. Se o produto vende, o que importa a qualidade? O importante é que ele faça a cabeça da garotada, que lote estádios, e que proporcione boas vendas de CD, DVD e produtos similares dos novos ídolos.
O mais curioso é que quem atropela a língua, e faz sucesso nas paradas é um movimento que surgiu com o pomposo nome de “Sertanejo Universitário”. U-N-I-V-E-R-S-I-T-Á-R-I-O ??? É... tudo é possível, dentro do quadro de atrações que, atualmente, frequenta a nossa mídia. A pena que eu tenho é sentir o abismo para onde a nossa juventude caminha diariamente, ouvindo os Michels, os Luans, os Gustavos, tidos hoje como os reis da mídia televisiva, tendo como parceira a deplorável linguagem que a nossa juventude criou para se comunicar através da Internet.
Saudades que eu sinto de outros tempos, onde compositores como Chico Buarque, Edu Lobo, entre outros, capitaneados por “mestres” como Vinícius de Morais e Tom Jobim, não proclamavam os seus graus universitários, mas em compensação, produziam joias musicais...
Ainda que os criadores da novidade quisessem se justificar, dizendo que é próprio do sertanejo o linguajar inferior, singelo, sem a obrigação de preciosismos linguísticos, o fato é que não há como comparar, por exemplo, “Luar do Sertão” com qualquer um dos hits do momento. “Luar do Sertão” é poesia pura e será lembrada eternamente, enquanto os hits classificados de “sertanejos” e “universitários” são descartáveis e, no máximo, servem para os seus intérpretes rebolarem no palco em movimentos sensuais para delírio das adolescentes, que não querem nem saber se, o Sujeito tem que combinar com o Verbo. Jamais alguém falaria: “As minas, pira, pira, pira...” Se foi cantada por ignorância, é grave. Mas, pior ainda, se a criação foi proposital. É um desrespeito à nossa Educação, à nossa juventude, aos nossos universitários, muitos deles lutando com extremo sacrifício para realizar o sonho de concluir uma faculdade.
Conseguirão esses seguidores do tal movimento “Sertanejo Universitário” passar num Vestibular? Tenho cá as minhas dúvidas. Mas, como a televisão está cheia de programas do tipo reallity show, poderão se candidatar a um lugar nesses confinamentos. Lá, por exemplo, tem poeta famoso incentivando o povo brasileiro a “dar uma espiadinha” e outras futilidades que talvez combinem bem com o seu estilo... a escolha é sua!
O mais curioso é que quem atropela a língua, e faz sucesso nas paradas é um movimento que surgiu com o pomposo nome de “Sertanejo Universitário”. U-N-I-V-E-R-S-I-T-Á-R-I-O ??? É... tudo é possível, dentro do quadro de atrações que, atualmente, frequenta a nossa mídia. A pena que eu tenho é sentir o abismo para onde a nossa juventude caminha diariamente, ouvindo os Michels, os Luans, os Gustavos, tidos hoje como os reis da mídia televisiva, tendo como parceira a deplorável linguagem que a nossa juventude criou para se comunicar através da Internet.
Saudades que eu sinto de outros tempos, onde compositores como Chico Buarque, Edu Lobo, entre outros, capitaneados por “mestres” como Vinícius de Morais e Tom Jobim, não proclamavam os seus graus universitários, mas em compensação, produziam joias musicais...
Ainda que os criadores da novidade quisessem se justificar, dizendo que é próprio do sertanejo o linguajar inferior, singelo, sem a obrigação de preciosismos linguísticos, o fato é que não há como comparar, por exemplo, “Luar do Sertão” com qualquer um dos hits do momento. “Luar do Sertão” é poesia pura e será lembrada eternamente, enquanto os hits classificados de “sertanejos” e “universitários” são descartáveis e, no máximo, servem para os seus intérpretes rebolarem no palco em movimentos sensuais para delírio das adolescentes, que não querem nem saber se, o Sujeito tem que combinar com o Verbo. Jamais alguém falaria: “As minas, pira, pira, pira...” Se foi cantada por ignorância, é grave. Mas, pior ainda, se a criação foi proposital. É um desrespeito à nossa Educação, à nossa juventude, aos nossos universitários, muitos deles lutando com extremo sacrifício para realizar o sonho de concluir uma faculdade.
Conseguirão esses seguidores do tal movimento “Sertanejo Universitário” passar num Vestibular? Tenho cá as minhas dúvidas. Mas, como a televisão está cheia de programas do tipo reallity show, poderão se candidatar a um lugar nesses confinamentos. Lá, por exemplo, tem poeta famoso incentivando o povo brasileiro a “dar uma espiadinha” e outras futilidades que talvez combinem bem com o seu estilo... a escolha é sua!
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
PARA AQUELES QUE NÃO VÃO CAIR NA FOLIA
O texto abaixo é sensacional. O poeta Antonio Roberto no seu Café Literário, diante de uma bela poesia, costumava dizer: “Eu não tenho inveja de nada a não ser de uma poesia destas...” Eu faço minhas as suas palavras diante deste texto, do jornalista mexicano CATÓN, que descobri dia atrás, na Internet. Por esta razão, não poderia deixar de dividi-lo com os leitores do Painel...
No seu fabuloso texto, Catón diz o seguinte:
“Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.
E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? vou mostrar a vocês:
Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.
Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "
No seu fabuloso texto, Catón diz o seguinte:
“Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.
E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? vou mostrar a vocês:
Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.
Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "
sábado, 2 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
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