Numa época em que grande parte da população ignora o problema (da Educação) mas depois lamenta fatos degradantes que vem acontecendo nas escolas; em que o pobre fica cada vez mais alienado em razão das esmolas governamentais, e se deixa levar pela esperteza política; numa época em que o país, necessitando de uma Educação de ponta, carece de investimentos no setor, embora os nossos representantes elejam como prioridade o seu carro novo, os seus privilégios, o aumento abusivo no seu salário, ela surge!...
...não, para - por um dinheiro fácil! - despir-se das suas vestimentas, como fazem tantas outras que alcançam seus minutos de fama. Porém, despindo-se da vaidade, empunhando a bandeira da solidariedade, usando a língua dos seus pares, ela corajosamente enfrenta os poderosos, cara a cara, num dos espetáculos civis mais emocionantes que tivemos a oportunidade de assistir nos últimos tempos. Sem precisar do apoio de grupo, patota, classe ou da multidão simpatizante da mesma causa, a professora Amanda Gurgel enfrentou sozinha os deputados e autoridades de educação do Rio Grande do Norte para defender a sua classe, buscando melhoria salarial da categoria o que representa melhoria do ensino nas escolas públicas. Como ser bom professor tendo que dar aulas em três turnos, pegando ônibus, etc. Como preparar bem as aulas, numa pressão dessas?
Ontem, no Faustão, com o mesmo discernimento com que falou do problema na assembléia do RN, Amanda ratificou todos os seus pontos de vista sobre a necessidade da melhoria da ensino no Brasil. Com garra, consciência e patriotismo, foi brilhante mais uma vez, mostrando a necessidade do novo Brasil ter uma Educação avançada, digna de um futuro que já chegou!
Eu, de origem potiguar e de origem Gurgel, não poderia deixar de parabenizar esta brava representante da terra da educadora Nísia Floresta.
Amada Amanda do Brasil! Que, aclamada no programa Domingão do Faustão, recebeu em pesquisa realizada aprovação de 98 por cento do auditório, dos telefonemas e dos internautas. Parabéns, e que Deus abençoe a sua missão!
"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"
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terça-feira, 24 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
TEMPO DE DESCULPAS
Mais de um mês envolvido com móveis empilhados, areia, cimento, brita, prego, arame, vergalhão, andaimes, estacas que para o bem da Ecologia agora são de ferro, betoneira, latão, fios emaranhados sobre as nossas cabeças, porta emperradas, paredes descascadas, destruídas, levantadas, colunas, cintas e laje, poeira, máscaras, caminhão em meia calçada descarregando enormes vigas e tijolos, e eu no meio da pista para controlar carros, polícia, multas, etc., entulhos, regador para baixar a poeira do entulho, alerta aos carroceiros para não derramar material e não deixar os cavalos comerem a grama do bem cuidado jardim da vizinha da frente e não fazer cocô na vila (como se fosse possível controlar as funções dos animais, reza silenciosa para que o pedreiro não despencasse do topo da casa em dia chuvoso e escorregadio, aprendizado com a convivência com pessoas mais humildes (que sonham, brincam, se empolgam com seu time de futebol) e devoram avidamente suas modestas marmitas, a necessidade de mais trabalhadores para ajudar a encher a laje, e, ao final de cada dia, a limpeza: tudo arrumado, o pano de chão em ação para tornar o ar respirável, tudo para continuar a obra no dia seguinte.
Foi assim a minha vida nesse último mês, quando optei pela feitura de uma laje na casa para mais conforto e, principalmente para acabar com a praga dos cupins que acabava com tudo que fosse de madeira dentro de casa. Controlada por máscaras, e pano molhado no chão o tempo todo, a rinite não me perturbou tanto quanto a demora, o passar dos dias sem ver a obra concluída. O computador foi o que mais falta fez, com certeza! As refeições foram improvisadas ou feitas na rua, e as roupas sujas empilhadas (como por para secar roupa num lugar que era só poeira? Enfim, eu que resisti até o último momento, assustado com o que poderia vir, vejo a coisa caminhar para um belo final (graças a Deus!) mesmo que ainda não seja o final final, pois ainda restam coisas menores para fazer ou arrematar.
Hoje que finalmente consegui liberar o computador para teclar este texto para o blog, peço desculpas aos leitores pela espaço vazio ocorrido devido à obra, mas a minha confiança é que quando decidimos enfrentar uma tempestade, uma noite escura ou uma guerra, é porque confiamos que, num futuro próximo, poderemos aproveitar o conforto, o sol e a paz que tanto almejamos.
Foi assim a minha vida nesse último mês, quando optei pela feitura de uma laje na casa para mais conforto e, principalmente para acabar com a praga dos cupins que acabava com tudo que fosse de madeira dentro de casa. Controlada por máscaras, e pano molhado no chão o tempo todo, a rinite não me perturbou tanto quanto a demora, o passar dos dias sem ver a obra concluída. O computador foi o que mais falta fez, com certeza! As refeições foram improvisadas ou feitas na rua, e as roupas sujas empilhadas (como por para secar roupa num lugar que era só poeira? Enfim, eu que resisti até o último momento, assustado com o que poderia vir, vejo a coisa caminhar para um belo final (graças a Deus!) mesmo que ainda não seja o final final, pois ainda restam coisas menores para fazer ou arrematar.
Hoje que finalmente consegui liberar o computador para teclar este texto para o blog, peço desculpas aos leitores pela espaço vazio ocorrido devido à obra, mas a minha confiança é que quando decidimos enfrentar uma tempestade, uma noite escura ou uma guerra, é porque confiamos que, num futuro próximo, poderemos aproveitar o conforto, o sol e a paz que tanto almejamos.
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