Eu gostaria hoje de fazer uma crônica bem festiva que retratasse a minha felicidade pela marca dos 5000 acessos alcançada por este blog recentemente. Mas, como fazê-la? Não vou ser tão pessimista ao ponto de dizer que não há nada de positivo no panorama nacional. Há, sim. A Lei da Ficha Limpa está aí, e a moralidade dá sinal com a punição de políticos reconhecidamente corruptos. Mas, cabe aqui uma perguntinha: a lei não deveria ser para todos?...
É sempre bom quando a gente vê uma semente do bem ser plantada. Quem sabe não teremos, um dia, um congresso composto por pessoas íntegras, bem intencionadas, com o firme propósito de lutar pelo país? Coisa que hoje em dia contamos nos dedos. Amanhã, quem sabe, poderemos contemplar uma casa de parlamentares à altura do Brasil e do que ele se propõe a ser daqui para a frente no cenário internacional.
Porque, convenhamos: como confiar num congresso composto por deputados como Dedé, Tiririca e Batoré, Maguila, Romário, Vampeta, Marcelinho Carioca, KLB, Reginaldo Rossi, Frank Aguiar, Renner, Simony, Pedro Manso, Netinho de Paula, Mulher Pera (apoiada pelo senador Suplicy!) Tati Quebra Barraco e Ronaldo Esper...??? A eleição desse elenco, desse time, dessa trupe, seria uma consagração ao que existe atualmente: um grupo de interesseiros que pouco ou nada fazem, a não ser encher os seus bolsos e os da sua família com o dinheiro do contribuinte e com repetidas falcatruas...
Por parte do TSE deveria haver mais rigor no registro de certas candidaturas. Principalmente com o surgimento da Lei da Ficha Limpa que parece querer dar uma melhorada na imagem do combalido congresso.
É bem verdade que no mesmo saco em que foram colocadas as “figuras” acima, existem profissionais sérios como Stephan Nercesian e Wagner Montes, que já demonstraram não estar fazendo política apenas pelas benesses que ela oferece. Há neles o idealismo de que o país precisa.
Sinceramente, eu sinto vergonha de participar de uma eleição onde um candidato faz assim a sua propaganda: “Eu sou o Tiririca da televisão. (como se a televisão fosse um milagre que abrisse qualquer porta.) O que faz um deputado federal? Na realidade, não sei. Mas vote em mim que eu te conto. (E conclui triunfal!) Tirica, pior do que tá, não fica!” Aí entra o forró, ele dança e tudo é festa!
Tenham paciência, senhores. Em época de FICHA LIMPA, permitir palhaçadas de despreparados e de aproveitadores que fazem qualquer negócio por dinheiro é uma lástima, que o Brasil e o povo brasileiro não merecem!
"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"
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domingo, 29 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
FILHO, CHAMA O ELEVADOR!
Uma incumbência muito especial, um amigo meu me confiou: acompanhar sua esposa e seu filho na visita a alguns apartamentos para aluguel. Uma exigência sua era que deveria ser na região da Pelinca, próximo a confrades da Academia Pedralva e do Palácio da Cultura. Do Espaço Garotinho e da Casa da Carne, onde atualmente são realizados os Cafés Literários Poeta Antonio Roberto Fernandes.
Com pontualidade britânica, eles se aproximam às dez horas. Feitos os cumprimentos de praxe, fomos à luta. Tínhamos primeiro que localizar o senhor Adalberto, que nos mostraria uma unidade interessante, segundo a imobiliária que os atendeu. Com o porteiro, procuramos saber preço de condomínio, qualidade da vizinhança, tamanho dos imóveis, etc. Encontramos o Seu Adalberto, mas, como estava preso a outro compromisso, sugeriu-nos que visitássemos primeiro outras unidades. Como a esposa do meu amigo havia trazido mais chaves da imobiliária, fomos conhecer outro apartamento. Um viçoso “comigo-ninguém-pode” dividia as duas portas de entrada, onde o ap. que buscávamos se encontrava. Lá dentro, o susto: no chão pisos soltos; nas paredes descascados, buracos de tamanhos diversos, na cozinha, uma mesa que deveria ser presa à parede pendia, denunciando o total desprezo. Os armários embutidos, aparentemente o que de melhor havia, infestado por cupins, observou a senhora, comerciante com o marido em cidade vizinha. O filho do casal amigo chamou a atenção do quarto de empregada também em péssimo estado.
- Engraçado, parece que nesses prédios toda empregada tem que ser anã... Comentou. Ele, que estagia num clube de futebol da cidade e possui mais de 1,80m.
Nos dirigimos ao ap. do senhor Adalberto, dois blocos adiante. Familiares cuidavam em desmontar o imóvel. O chão estava todo tomado por caixas, e numa delas um rico aparelho de jantar me chamou a atenção. Lembrei-me do poema “Os pratos de vovó”, de Antonio Roberto, e perguntei para mim mesmo: “quantas vezes ele teria sido usado...? ou será que, conforme os pratos dos versos nunca tinham saído da cristaleira?...”
Seu Adalberto explicava que ali morava a sua mãe que falecera recentemente. Mãe e filho se entreolharam. O proprietário cuidou de falar das outras vantagens: “A coluna é a mais fresca de todo o conjunto. Chega a fazer frio... se quiser alugamos com ou sem os móveis. Na verdade, se formos alugar mobiliado tenho de comprar fogão e geladeira que os daqui, a sobrinha levou...”
Já nos despedíamos, ficando de voltar com a proposta definitiva, quando uma velhinha, vizinha do lado veio ao nosso encontro:
- É o senhor que está alugando?...
- Não senhora! São os meus amigos que querem vir para Campos...
- Ah! Seja bem vinda! (falou fitando bem a esposa do meu amigo). Eu ainda estou tão chocada com a morte da minha amiga. Nós jogávamos todos os dias... mas ela era cardíaca, e começou a piorar. A ter crises... cada vez mais... até que naquela noite ela não suportou e, parece que... explodiu! Foi muito triste... (sorriu um sorriso melancólico para a esposa do meu amigo) Agora eu fiquei sem a minha parceira... tomara que a senhora venha para cá. A senhora gosta de jogar, não gosta?... Mãe e filho voltaram a se entreolhar. Assustados com aquela presença, a mãe então apressou-se:
- Filho, chama o elevador! Temos que ver outros apartamentos!
Com pontualidade britânica, eles se aproximam às dez horas. Feitos os cumprimentos de praxe, fomos à luta. Tínhamos primeiro que localizar o senhor Adalberto, que nos mostraria uma unidade interessante, segundo a imobiliária que os atendeu. Com o porteiro, procuramos saber preço de condomínio, qualidade da vizinhança, tamanho dos imóveis, etc. Encontramos o Seu Adalberto, mas, como estava preso a outro compromisso, sugeriu-nos que visitássemos primeiro outras unidades. Como a esposa do meu amigo havia trazido mais chaves da imobiliária, fomos conhecer outro apartamento. Um viçoso “comigo-ninguém-pode” dividia as duas portas de entrada, onde o ap. que buscávamos se encontrava. Lá dentro, o susto: no chão pisos soltos; nas paredes descascados, buracos de tamanhos diversos, na cozinha, uma mesa que deveria ser presa à parede pendia, denunciando o total desprezo. Os armários embutidos, aparentemente o que de melhor havia, infestado por cupins, observou a senhora, comerciante com o marido em cidade vizinha. O filho do casal amigo chamou a atenção do quarto de empregada também em péssimo estado.
- Engraçado, parece que nesses prédios toda empregada tem que ser anã... Comentou. Ele, que estagia num clube de futebol da cidade e possui mais de 1,80m.
Nos dirigimos ao ap. do senhor Adalberto, dois blocos adiante. Familiares cuidavam em desmontar o imóvel. O chão estava todo tomado por caixas, e numa delas um rico aparelho de jantar me chamou a atenção. Lembrei-me do poema “Os pratos de vovó”, de Antonio Roberto, e perguntei para mim mesmo: “quantas vezes ele teria sido usado...? ou será que, conforme os pratos dos versos nunca tinham saído da cristaleira?...”
Seu Adalberto explicava que ali morava a sua mãe que falecera recentemente. Mãe e filho se entreolharam. O proprietário cuidou de falar das outras vantagens: “A coluna é a mais fresca de todo o conjunto. Chega a fazer frio... se quiser alugamos com ou sem os móveis. Na verdade, se formos alugar mobiliado tenho de comprar fogão e geladeira que os daqui, a sobrinha levou...”
Já nos despedíamos, ficando de voltar com a proposta definitiva, quando uma velhinha, vizinha do lado veio ao nosso encontro:
- É o senhor que está alugando?...
- Não senhora! São os meus amigos que querem vir para Campos...
- Ah! Seja bem vinda! (falou fitando bem a esposa do meu amigo). Eu ainda estou tão chocada com a morte da minha amiga. Nós jogávamos todos os dias... mas ela era cardíaca, e começou a piorar. A ter crises... cada vez mais... até que naquela noite ela não suportou e, parece que... explodiu! Foi muito triste... (sorriu um sorriso melancólico para a esposa do meu amigo) Agora eu fiquei sem a minha parceira... tomara que a senhora venha para cá. A senhora gosta de jogar, não gosta?... Mãe e filho voltaram a se entreolhar. Assustados com aquela presença, a mãe então apressou-se:
- Filho, chama o elevador! Temos que ver outros apartamentos!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
...E, NO ENTANTO, É PRECISO CANTAR!
Muitas vezes, você chateado com acontecimentos desagradáveis que não pode mudar, se desanima, se decepciona e quer largar tudo, Mas... aí vem à lembrança aquele famoso verso do poeta Vinícius de Morais que diz: “e, no entanto é preciso cantar!” No auge da Ditadura, aconteceu algo parecido com a música “Caminhando”, de Geraldo Vandré. E, por que esse assunto hoje? Elementar, caro leitor: a coisa está muito esquisita. À noite, você liga a televisão para ver o noticiário e mais parece um programa policial, diante de tantos crimes noticiados. Principalmente crimes sentimentais, onde o homem encerra quase sempre a sua relação com a mulher, de maneira criminosa... No jornal que você compra pela manhã, só lê noticiário sobre catástrofes, provocadas por terremoto, tsunami, furacão e outros acidentes climatológicos, além dos desastres aéreos, ferroviários, e de trânsito que matam diariamente milhares de seres humanos. Isto tudo, sem falar da ambição desmedida e louca de certos governantes ou seus agentes provocando acidentes que poluem o mar, destroem florestas e, o pior... com um simples aperto de botão podem provocar uma hecatombe universal!
“... e, no entanto, é preciso cantar!” Até a musa inspiradora dos poetas já não é mais a mesma. Ao que parece as conquistas femininas e a revolução sexual contribuíram de alguma forma para o fim do romantismo. As facilidades que as mulheres conquistaram, equiparando-se em quase tudo aos homens, alteraram radicalmente os tradicionais conceitos de relação homem/mulher/família. Na relação quem leva a pior, certamente, são os filhos que, apavorados e com traumas (que os acompanharão pelo resto da suas vidas!), assistem a conflitos familiares que na maioria das vezes evoluem para a tragédia. É o desamor ocupando o lugar do amor. As conquistas femininas certamente contribuíram para o acesso da mulher às funções masculinas, e para o advento das “Marias Chuteiras”, dos bailes funk, das acompanhantes de executivo, das garotas de programa, do corpo moldado por silicone, meios através dos quais muitas acreditam garantir mais facilmente o seu futuro, mas que, na realidade, as levam ao ponto de lamentarmos a situação das nossas filhas e irmãs que acabam buscando para não parecerem retrógradas uma ou outra das citadas opções.
Não sei se o ser humano está extrapolando, agindo como feras, como não sei se Deus já começou a fazer cobrança, na expectativa da Sua visita à terra. Mas, que a coisa “está preta”, está!
“... no entanto, é preciso cantar!” Como ensinava o poeta Vinícius de Moraes, diante de uma decepção amorosa ou diante das fatalidades que a vida nos reserva... Por isso, apesar das negatividades com que nos deparamos diariamente, volto hoje a colocar Poesia no meu blog, divulgando poemas meus que mais tenham se destacado. Como não tenho o dom da declamação, conforme os meus amigos Aldiney, Acruche, Gildo, Celso, Thelmo, Carlos Augusto, Agostinho, Neiva, Glayde, Berenice e Aparecida, entre outros, que estão sempre a enriquecer com suas performances o Café Literário Antonio Roberto, em Campos, aproveito este espaço para divulgar os meus. É só descer com a barra de rolagem para chegar até eles.
“... e, no entanto, é preciso cantar!” Até a musa inspiradora dos poetas já não é mais a mesma. Ao que parece as conquistas femininas e a revolução sexual contribuíram de alguma forma para o fim do romantismo. As facilidades que as mulheres conquistaram, equiparando-se em quase tudo aos homens, alteraram radicalmente os tradicionais conceitos de relação homem/mulher/família. Na relação quem leva a pior, certamente, são os filhos que, apavorados e com traumas (que os acompanharão pelo resto da suas vidas!), assistem a conflitos familiares que na maioria das vezes evoluem para a tragédia. É o desamor ocupando o lugar do amor. As conquistas femininas certamente contribuíram para o acesso da mulher às funções masculinas, e para o advento das “Marias Chuteiras”, dos bailes funk, das acompanhantes de executivo, das garotas de programa, do corpo moldado por silicone, meios através dos quais muitas acreditam garantir mais facilmente o seu futuro, mas que, na realidade, as levam ao ponto de lamentarmos a situação das nossas filhas e irmãs que acabam buscando para não parecerem retrógradas uma ou outra das citadas opções.
Não sei se o ser humano está extrapolando, agindo como feras, como não sei se Deus já começou a fazer cobrança, na expectativa da Sua visita à terra. Mas, que a coisa “está preta”, está!
“... no entanto, é preciso cantar!” Como ensinava o poeta Vinícius de Moraes, diante de uma decepção amorosa ou diante das fatalidades que a vida nos reserva... Por isso, apesar das negatividades com que nos deparamos diariamente, volto hoje a colocar Poesia no meu blog, divulgando poemas meus que mais tenham se destacado. Como não tenho o dom da declamação, conforme os meus amigos Aldiney, Acruche, Gildo, Celso, Thelmo, Carlos Augusto, Agostinho, Neiva, Glayde, Berenice e Aparecida, entre outros, que estão sempre a enriquecer com suas performances o Café Literário Antonio Roberto, em Campos, aproveito este espaço para divulgar os meus. É só descer com a barra de rolagem para chegar até eles.
domingo, 8 de agosto de 2010
PRIMEIRO DIA DOS PAIS
Rodrigo,
No seu primeiro Dia dos Pais, venho lhe abraçar e rogar a Deus que a sua missao de pai seja sempre abençoada. Que os obstáculos surgidos ao longo da estrada sejam sempre menores do que o sorriso que, sem nada cobrar, o Leozinho lhe ofereçe, e que voce encontre sempre, como pai, a força e a sabedoria de (junto com a Lucinha) educar com carinho e dedicação essa jóia de criança que Deus lhes deu.
Conhecemos os obstáculos da vida, que parecem se tornar maior a cada ano que passa. Os ecológicos, que vocês como biólogos conhecem tão bem; os sociais, que através das diferenças de classe, de poder, faz com que os seres humanos se vejam e se enfrentem com incabíveis diferenças; os políticos, que levam o homem a temerosos impasses na sua medição de força; e, finalmente os religiosos, onde o ser humano, cada vez mais afastado de Deus, parece querer sempre suplantar Seus poderes e Sua posição de Criador do homem e da natureza...
Diante disso é que, nesse seu primeiro Dia dos Pais de uma jóia de valor incalculável, não posso deixar de lhe trazer o meu mais carinhoso abraço de Pai e de Avô do Leonardo, rogando a Deus que lhe conceda sempre Saúde, Paz, Persistência e Coragem para honrar esse tílulo que você agora ostenta: PAI!
Um feliz Dia dos Pais! E que Deus Todo Poderoso cubra de bênçãos o lar de vocês.
Do pai, sogro e avô José Gurgel dos Santos.
No seu primeiro Dia dos Pais, venho lhe abraçar e rogar a Deus que a sua missao de pai seja sempre abençoada. Que os obstáculos surgidos ao longo da estrada sejam sempre menores do que o sorriso que, sem nada cobrar, o Leozinho lhe ofereçe, e que voce encontre sempre, como pai, a força e a sabedoria de (junto com a Lucinha) educar com carinho e dedicação essa jóia de criança que Deus lhes deu.
Conhecemos os obstáculos da vida, que parecem se tornar maior a cada ano que passa. Os ecológicos, que vocês como biólogos conhecem tão bem; os sociais, que através das diferenças de classe, de poder, faz com que os seres humanos se vejam e se enfrentem com incabíveis diferenças; os políticos, que levam o homem a temerosos impasses na sua medição de força; e, finalmente os religiosos, onde o ser humano, cada vez mais afastado de Deus, parece querer sempre suplantar Seus poderes e Sua posição de Criador do homem e da natureza...
Diante disso é que, nesse seu primeiro Dia dos Pais de uma jóia de valor incalculável, não posso deixar de lhe trazer o meu mais carinhoso abraço de Pai e de Avô do Leonardo, rogando a Deus que lhe conceda sempre Saúde, Paz, Persistência e Coragem para honrar esse tílulo que você agora ostenta: PAI!
Um feliz Dia dos Pais! E que Deus Todo Poderoso cubra de bênçãos o lar de vocês.
Do pai, sogro e avô José Gurgel dos Santos.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
POR QUE BRUNO AINDA RI?
Ambição. Fama. Dinheiro. Poder. Orgia. Crime. Banalidade. Rotina.
Diante do riso sem graça do goleiro Bruno nas suas entradas e saídas dos estabelecimentos e veículos policiais de Minas, numa exposição talvez até maior do que a desfrutada no seu tempo de Flamengo, me surpreendo com o espanto do povo e da mídia! Levando em conta o bárbaro crime em que ele se encontra envolvido e a radical mudança de vida que experimenta o jogador, alguns dias atrás muitos perguntaram: “Por que Bruno ainda ri?
Para mim, não tem mistério. Ele ri porque no Brasil nós todos fazemos parte do grande circo da impunidade, do endeusamento, do “faça o que quiser, você pode”, do “levar vantagem em tudo”, do absurdo sobre todos os aspectos, que coloca no mesmo palco, na mesma novela, no mesmo picadeiro social, ao lado gente simples, de bem, personagens que usam e abusam do direito de se envolver em atos criminosos, indiferentes a uma Lei que deveria ser para todos, mas que, por tradição, muitos a consideram “apenas” para Pobre, Preto e Prostituta...
Para todo bom espetáculo, são necessários ótimos diretores (muitos contratados a peso de ouro!) para que, ao final, produzam os resultados esperados por seus clientes... No espetáculo circense como na vida real (e, atualmente acontecem tantos, com desfechos trágicos para a mulher!), um talentoso “diretor” procura orientar cuidadosamente o show, alterando o rumo do roteiro; não permitindo que seus atores falem mais; mudando scripts; arranjando até novos elementos, como uma sósia da personagem principal, para confundir a história... Tudo para anular um ato de selvageria digno do esquadrão da morte ou do cangaço, o que, na sua visão, seria “o máximo” para o espetáculo e, obviamente... para a sua trajetória profissional!
Apesar do terrível e cruel script inicial, do cuidadoso aparato policial e do dinheiro que o contribuinte paga para a realização desse milionário espetáculo, Bruno ainda ri! Por quê? Seguramente, não há razão. Mas, a gente se esquece que ele nasceu e participou de um evento criminoso... no Brasil! E, quem, neste país, tendo poder através do dinheiro ou da fama, precisa se preocupar com a Justiça?
Diante da impunidade que campeia na nossa sociedade, “celebridades” do tipo políticos, jornalistas, empresários, juízes, funcionários públicos, fazendeiros, religiosos, atletas, artistas, gente da mídia ou com muito dinheiro, desde muito tempo desrespeitam sistematicamente a nossa legislação... passando por cima dos nossos códigos, que parecem ter sido criados exclusivamente para incriminar os miseráveis, os sem força e os sem voz... Sim, porque aqui, quem tem dinheiro, e pode contratar advogados famosos, ou renomados escritórios, não precisa se preocupar com o que reza a Lei. O crime, como um mal estar passageiro – garantem esses agentes da Lei – para uma pequena parcela da sociedade, tem preço! Logo, logo, para os seus clientes, tudo estará resolvido, e eles ganharão vida nova, com... ficha limpa, e tudo o mais que o dinheiro possa comprar!
Diante do riso sem graça do goleiro Bruno nas suas entradas e saídas dos estabelecimentos e veículos policiais de Minas, numa exposição talvez até maior do que a desfrutada no seu tempo de Flamengo, me surpreendo com o espanto do povo e da mídia! Levando em conta o bárbaro crime em que ele se encontra envolvido e a radical mudança de vida que experimenta o jogador, alguns dias atrás muitos perguntaram: “Por que Bruno ainda ri?
Para mim, não tem mistério. Ele ri porque no Brasil nós todos fazemos parte do grande circo da impunidade, do endeusamento, do “faça o que quiser, você pode”, do “levar vantagem em tudo”, do absurdo sobre todos os aspectos, que coloca no mesmo palco, na mesma novela, no mesmo picadeiro social, ao lado gente simples, de bem, personagens que usam e abusam do direito de se envolver em atos criminosos, indiferentes a uma Lei que deveria ser para todos, mas que, por tradição, muitos a consideram “apenas” para Pobre, Preto e Prostituta...
Para todo bom espetáculo, são necessários ótimos diretores (muitos contratados a peso de ouro!) para que, ao final, produzam os resultados esperados por seus clientes... No espetáculo circense como na vida real (e, atualmente acontecem tantos, com desfechos trágicos para a mulher!), um talentoso “diretor” procura orientar cuidadosamente o show, alterando o rumo do roteiro; não permitindo que seus atores falem mais; mudando scripts; arranjando até novos elementos, como uma sósia da personagem principal, para confundir a história... Tudo para anular um ato de selvageria digno do esquadrão da morte ou do cangaço, o que, na sua visão, seria “o máximo” para o espetáculo e, obviamente... para a sua trajetória profissional!
Apesar do terrível e cruel script inicial, do cuidadoso aparato policial e do dinheiro que o contribuinte paga para a realização desse milionário espetáculo, Bruno ainda ri! Por quê? Seguramente, não há razão. Mas, a gente se esquece que ele nasceu e participou de um evento criminoso... no Brasil! E, quem, neste país, tendo poder através do dinheiro ou da fama, precisa se preocupar com a Justiça?
Diante da impunidade que campeia na nossa sociedade, “celebridades” do tipo políticos, jornalistas, empresários, juízes, funcionários públicos, fazendeiros, religiosos, atletas, artistas, gente da mídia ou com muito dinheiro, desde muito tempo desrespeitam sistematicamente a nossa legislação... passando por cima dos nossos códigos, que parecem ter sido criados exclusivamente para incriminar os miseráveis, os sem força e os sem voz... Sim, porque aqui, quem tem dinheiro, e pode contratar advogados famosos, ou renomados escritórios, não precisa se preocupar com o que reza a Lei. O crime, como um mal estar passageiro – garantem esses agentes da Lei – para uma pequena parcela da sociedade, tem preço! Logo, logo, para os seus clientes, tudo estará resolvido, e eles ganharão vida nova, com... ficha limpa, e tudo o mais que o dinheiro possa comprar!
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