"Ao fim das crônicas conheça os poemas do autor"
domingo, 26 de abril de 2009
A NOVA MULHER
Vejamos alguns exemplos: MINISSAIA. Jogou a saia da mulher lá para cima, muitas vezes, mostrando demais. Então, a mulher que entrara no MERCADO DE TRABALHO pra valer, não tinha como cumprir seu destino de trabalhadora em igualdade com o homem de minissaia. Então, a calça comprida foi a solução encontrada não só no trabalho como no seu dia-a-dia. O que, no meu ponto de vista, tirou muito do seu charme. O AMOR LIVRE foi outra conquista da mulher na segunda metade do século passado. O que até então, oficialmente, só era permitido ao homem, que fazia sexo pagando em bordéis, zonas, casa da luz vermelha, etc. passou a ser praticado também pelas mulheres que já não esperavam o casamento para tal. O DIVÓRCIO foi outra grande novidade. Antes, apenas o homem, casava, descasava, arranjava amante, sem problemas. Já a mulher precisava de uma lei moralizadora que a liberasse das amarras do casamento. (Atenção: sou a favor do casamento duradouro. Como? Não sei a fórmula!) A FAMÍLIA. Agora ela é fracionada, com meios-irmãos, visitas aos respectivos pais nos finais de semana. Até, quem sabe, receberem a companhia de novos meios-irmãos, novos padrastos, nova família.
Evidentemente que a mulher foi a revolucionária (guerreira, ela sempre foi!) nesses mais de 50 anos, passando por todas as transformações, e, como boa equilibrista, tentando controlar todos os fatores: o trabalho, onde já chefia com muita categoria vários serviços, sem abdicar dos seus compromissos de dona de casa; a família, os relacionamentos com novos parceiros, novos enteados e ex-conjuges, etc. Sem descuidar do visual, não mais restrito a minissaia ou calça comprida, mas a trajes e visual compatíveis com o trabalho a que se propõe. As transformações foram difíceis, e exigem tempo para as adaptações. Principalmente no que se refere aos filhos. Não são poucos os dramas familiares que vemos diariamente na televisão. Mas, com a garra que lhe é peculiar, A MULHER certamente vencerá mais esse embate na sua vida de guerreira, mãe, madrasta, ativista, amante, amada, e tudo o mais.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
MEUS POETAS, MEUS AMIGOS
Foi no Café Literário que muitos poetas se destacaram e muitos cronistas passaram a escrever para jornais... Tudo graças à criatividade e ao desprendimento de um poeta que mais parecia um Missionário do Amor, tão grande a sua dedicação à Poesia e a forma que partilhava seus conhecimentos. Assim, inspirado e profundo conhecedor da matéria, não se cansava de ensinar detalhes do verso ou do poema, para que se tornasse mais bela a Poesia.
Ao criar a seção “Meus poetas, meus amigos” – forma de relembrar todos aqueles anos de saraus, de grande criatividade lítero-cultural e de formação de excelente camaradagem envolvendo pessoas de todas origens e de todas as classes, estarei realizando não somente uma justa homenagem ao poeta Antonio Roberto, mas abraçando, também, a todos aqueles que participaram de um movimento tão envolvente...
Mas, a coluna não ficará restrita apenas aos poetas e amigos de Campos, uma vez que a vinda de outros poetas à cidade, para eventos, ou as minha viagens ao Nordeste, para lançamento de livros fizeram com que eu me relacionasse com um grande número de excelentes poetas, a começar pelo meu irmão Deífilo Gurgel que, mesmo tendo passado dos oitenta, e abraçado outras atividades como o folclore, por exemplo, continua a ser lembrado por suas belas páginas poéticas. O meu desejo é manter viva toda a beleza que emana da poesia, algo tão proclamada pelo saudoso poeta e amigo Antonio Roberto Fernandes.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Fotos do lançamento do livro "Nativo", de José Gurgel dos Santos, em Campos dos Goytacazes/RJ e Mossoró/RN (Espaço Chap Chap, de Rogério Dias), 2004.
domingo, 12 de abril de 2009
A LANCHONETE QUE VEIO DE LONGE
O diferencial fica por conta dos donos do estabelecimento. Longe da improvisação brasileira, os chineses, seus proprietários, apesar de tranqüilos, parecem estar sempre “antenados”. Confesso que gostaria de conhecer mais detalhes daqueles personagens tão curiosos. Infelizmente, porém, a comunicação com eles é muito restrita, já que entre eles é feita na sua língua original; e quando se relacionam com os fregueses, é como se tivessem criado mais um dialeto, ao falar, por exemplo: flango (frango), cazu (caju), cocinha (coxinha), duzicinqenta (dois e cinqüenta). Uma difícil comunicação que se restringe quase sempre ao lanche de deliciosos salgados e ao seu pagamento...
Admirável, no entanto, é a disposição deles para o trabalho. O chinês franzino parece coordenar o funcionamento da loja: toda hora conversa com a mulher, vai à cozinha, volta com salgados para o mostruário. A chinesa que toma conta do balcão também é franzina e, só aparentemente, frágil! Fica na lanchonete de manhã à noite, muitas vezes, horas a fio, com o bebê às costas como se fora uma mochila presa ao seu corpo. O bebê “não está nem aí” para o vai e vem da mãe, que costuma usar da habilidade na sua labuta diária servindo, atendendo, recebendo, etc. sem nunca por a criança em risco com batidas na cabeça, por exemplo. Brasileiras, sem tal precisão e com medidas anatômicas bem mais avantajadas, dificilmente conseguiriam tal façanha naquele espaço tão apertado.
Outra coisa é a obediência e a tranqüilidade que as crianças parecem já trazer no DNA... O maiorzinho, educadamente, se interessa por celulares e calculadoras dos fregueses. Já o bebê, mesmo mal acomodado naquela “mochila” não parece conhecer a palavra choro...
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Fotos do lançamento do livro de crônicas "A ponte", de José Gurgel dos Santos, na Academia Pedralva - Letras e Artes, em 28 de Novembro de 2007.
O saudoso poeta Antônio Roberto comenta o lançamento. Na mesa, além do autor, o presidente José Salles e o secretário Audiney de Souza Sá.
O autor recebe o abraço da educadora Beth Araújo.
Hermes Cunha da Banda Operários Campista e a acadêmica Liza Castro ladeando o autor.
O poeta Otaviano, o autor e o presidente José Salles ouvem o pronunciamento do professor Luiz Magalhães.
O acadêmico José Viana fala sobre o livro, enquanto Gurgel e Salles dialogam e o tesoureiro Geraldo observa.
José Gurgel e o ilustre acadêmico Geraldo Ferreira.
O acadêmico Carlos Augusto Alencar prestigiando o lançamento.
O acadêmico Roberto Acruche quando falava a respeito do lançamento.
O acadêmico Elias Rocha Gonçalves também marcou presença, além de ser o responsável junto com sua esposa, Dra. Regina, pelas fotos do evento.
sábado, 4 de abril de 2009
UM PODER FASCINANTE
Nem tudo na Globo, é como o telespectador gostaria que fosse. Programas como o do Jô Soares e o do Serginho Groisman (mesmo que na versão atual que promovam mais as estrelas globais), e outros como o Telecurso e o Globo Rural, programas de alta qualidade, só são apresentados no ingrato horário da madrugada. Não é desumano obrigar o cidadão que gosta de assistir a uma boa entrevista ou atualizar seus estudos, ficar acordado até mais tarde, ou botar o despertador para assisti-los?
Fanáticos globais que me perdoem! Mas a emissora está repetitiva, enjoada, chata, mesmo! Me parece que obedece ao lema, “cria fama, deita na cama”. Não vejo criatividade nenhuma na sua programação atual. Sérgio Chapelain, por mais caretas que faça, não consegue melhorar o nível do Globo Repórter. Xuxa, qualquer dia vai entrar de bengalinha, para os baixinhos alienados do Brasil. Por que será que ela não encara um programa para adultos ou adolescentes? O pior é que continua pulando e berrando, mostrando para todo o mundo o seu lema: “todo mundo tá feliz”!... Sandra, aquela do “Jornal Hoje”, parece ser uma atriz frustrada: não pára com as mãos, caras e bocas... Às vezes, tirando o som, a impressão que se tem e que estamos diante de um clone de Carmem Miranda. Não sei se é orientação da emissora, mas dar notícias sérias com toda aquela mímica, todo aquele papo de talk show, é muito estranho...
Outra curiosidade desse 4º poder da República (já que as demais emissoras costumam apenas comentar a programação da líder, o que é uma lástima!) são as modas que ela costuma impingir ao brasileiro. À brasileira, principalmente. Há poucos dias (talvez para “empurrar pela boca” a enjoada “Caminho das Índias” Estavam comentando que as brasileiras usariam aquela roupa pesadonas da novela. Será? Já não basta sabermos tudo sobre a Índia: como vivem, rezam, cantam, dançam, casam, ganham dinheiro e transam, ainda teremos que ver as nossas mulheres com aqueles vestidos pesadões? Se era para mostrar o modo de viver dos indianos, fizessem um Globo Repórter, e não uma novela!
O pior é que o núcleo do Brasil também é um desastre. Como pode uma pessoa vivida como a autora, criar personagens tão alienados, surreais como o de Débora Bloch, e sua amiga e rival Letícia Sabatella (linda!) E é novela atual! Atualíssima... coitadas das atrizes. O pior é que querem transformar Letícia numa vilã sucessora de Patrícia Pillar, para levar a novela até o final. Isso tem nome: pouco caso com nossa inteligência!